MARCO HISTÓRICO: TLD NO PRÉ-SAL EM TUPI

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1 Novembro/Dezembro 2010 Ano 16 Número 6 Noviembre/Diciembre 2010 Año 16 Número 6 R$ 8,50 US$ 4.00 BRASIL INFORMACIÓN Y TECNOLOGÍA DE PETRÓLEO PARA AMÉRICA LATINA PANORÂMICA: MARCO HISTÓRICO: TLD NO PRÉ-SAL EM TUPI Panorámica: MARCO HISTÓRICO: TLD EN EL PRESAL DE TUPI ENERGIA/QUALIDADE DE VIDA EM DEBATE ENERGÍA/CALIDAD DE VIDA EN DEBATE PETROBRAS E ABNT LANÇAM ISO NO BRASIL PETROBRAS Y ABNT LANZAN ISO EN BRASIL ANP DIVULGA RECORDE NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS ANP ANUNCIA RECORD EN LA PRODUCCIÓN DE PETRÓLEO Y GAS CUBA VAI PERFURAR SETE POÇOS NO GOLFODO MÉXICO CUBA PERFORARÁ SIETE POZOS EN EL GOLFO DE MÉXICO Novembro/Noviembre Dezembro/Diciembre

2 Novembro/Dezembro 2010 Ano 16. Número 6 Noviembre/Diciembre 2010 Año 16. Número 6 Publisher Publicista Jean-Paul Prates jpprates@pennwell.com.br Diretoria Editorial Directoría Editorial Marcia Fialho editor.ogjla@pennwell.com.br Diretoria Comercial Directoría Comercial Sérgio Caetano comercial@pennwell.com.br Editorias Locais Editorias Locales América Central Argentina Bolivia Brasil Colombia Ecuador Perú Trinidad & Tobago/Caribe Venezuela Gestão Administrativa e Financeira Gestión Administrativa y Financiera Gustavo Frickmann gsfrickmann@pennwell.com.br Gestão de Assinaturas e Circulação Gestión de Suscripciones y Circulación Anderson Motta anderson@pennwell.com.br Design Diseño Mary Paz Guillén marypaz@marypaz.com.br Envio de Artigos Técnicos Envio de Articulos Tecnicos Qualquer Trabalho técnico ou correspondência para esta revista devem ser enviados para o contato@pennwell.com.br. Cualquier trabajo tecnico o correspondencia para esta revista deben ser enviados para el contato@pennwell.com.br. Parceiros Editoriais Alianzas Editoriales Foto: Agência Petrobras de Notícias SUMÁRIO INFORMACIÓN Y TECNOLOGÍA DE PETRÓLEO PARA AMÉRICA LATINA Petroleiro, Celso Furtado, em construção no Estaleiro Mauá FPSO Cidade de São Vicente SUMARIO Contatos Comerciais Contactos Comerciales América Latina (incl. Brasil)/América Central/Caribe/México Marcia Fialho marcia.fialho@pennwell.com.br Estados Unidos/Canadá Stan Terry stant@pennwell.com Mike Moss mikem@pennwell.com Marlene Breedlove marleneb@pennwell.com David Davis davidd@pennwell.com Bailey Simpson baileys@pennwell.com França/Bélgica/Espanha/Portugal/Suíça (Sul)/Mônaco/Norte da África Daniel Bernard (Prominter) danielb@pennwell.com Reino Unido/Escandinávia/Dinamarca/Países baixos Roger Kingswell rogerk@pennwell.com + 44 (0) Itália Paolo e Ferruccio Silvera info@silver.it Alemanha/Suíça/Leste Europeu/Dinamarca/Áustria/Rússia Andreas Sicking wilhelms@pennwell.com Japão Manami Konishi manami.konishi@ex-press.jp Masaki Mori masakimori@ex-press.jp Cingapura/Austrália/Ásia-Pacífico Michael Yee yfyee@singnet.com.sg India Rajan Sharma Interads Limited rajan@interadsindia.com rajan@interadsindia.com Nigéria Dele Olaoye q-she@inbox.com Webcasts & Serviços de Mídia Digital Webcasts & servicios del medios digitales Anderson Motta anderson@pennwell.com.br Mike Moss mikem@pennwell.com Marlene Breedlove marleneb@pennwell.com Vendas Publicitárias (Impresso & Online) Vendas Publicitarias (Impresso y Online) Márcia Fialho marcia.fialho@pennwell.com.br Glenda Harp gendah@pennwell.com Produção Producción 3 PANORÂMICA Um marco histórico: TLD pré-sal em Tupi 9 DESTAQUE SETORIAL Cuba vai perfurar sete poços no Golfo do México 14 ENERGIA Energia/qualidade de vida em debate 21 ENERGIA E&P Produção de petróleo e gás natural foi recorde em novembro de panorámica Un marco histórico: TLD en el presal de Tupi 9 REALCE SECTORIAL Cuba perforará siete pozos en el Golfo de México 10 DESTAQUE TECNOLÓGICO 11REALCE TECNOLÓGICO Petrobras e ABNT lançam a ISO Petrobras y ABNT lanzan ISO no Brasil en Brasil 17 ENERGÍA Energía/calidad de vida en debate 22 ENERGÍA E&P Producción de petróleo y gas natural bate record en noviembre del EXPLORAÇÃO (Geologia e Geofísica) 25 Exploración (Geología y Geofísica) A detecção de sobrepressão no pré-sal através do imageamento em profundidade com base na equação da onda pode economizar tempo e dinheiro Seção 2 Curtas 28 Agenda Glossário de Unidades La detección de sobrepresión en el presal a través de representación por imágenes en profundidad con base en la ecuación de la onda puede ahorrar tiempo y dinero Seccion 2 Cortas 28 Agenda Glosario de Unidades l = litro l = litro m 3 = metro cúbico m 3 = metro cubico Av. Erasmo Braga, sala º andar b = barril de petróleo b = barril de petróleo CEP.: Rio de Janeiro - RJ - Brasil Corporate Headquarters t = tonelada métrica t = tonelada metrica (55 21) contato@pennwell.com.br 1421 S. Sheridan Rd. h = hora; d = dia; a = ano h = hora; d = día; a = año Tulsa, UK Btu = British thermal unit Btu = British thermal unit M = mil (10 3 ) M = mil (10 3 ) MM = milhão (10 6 ) MM = millón (10 6 ) B = bilhão (10 9 ) B = mil millones (10 2 Oil & Gas Journal Latinoamericana MW = megawatt Novembro/Noviembre Dezembro/Diciembre 9 ) MW = megawatt MWh = megawatt hora MWh = megawatt hora

3 Schlumberger MMX SHELL CURTAS A Schlumberger abre o primeiro centro de pesquisa multinacional dedicada à atividade de Exploração e Produção no Brasil, no Rio de Janeiro. Denominado Centro de Geoengenharia, o centro foi projetado para promover a integração das geociências e engenharia para melhorar a produção de hidrocarbonetos e recuperação dos reservatórios em águas profundas e complexas do pré-sal no Brasil. Segundo a gerente de geomarketing no Brasil, Ana Zambelli, futuro do petróleo e gás se encontram tecnicamente em ambientes complexos, como pré-sal, carbonatos e áreas de águas profundas. Ela espera que este centro desempenhe um papel importante na resposta as exigências dos desafios técnicos. A MMX vai expandir seus projetos de minério de ferro na região de Serra Azul, MG, através de investimentos que podem somar R$ 5 bilhões até Desse total, o Conselho de Administração da empresa já aprovou R$ 3,5 bilhões, que serão destinados a expansão da capacidade de produção das minas Tico-Tico e Ipê de 8,7 MM/t/ano para 24 MM/t/ano. Conforme o programada empresa, serão construídos na região uma nova planta de beneficiamento, um terminal ferroviário, além de dez quilômetros de correia transportadora que ligará a mina ao terminal. A previsão de produção da empresa é de 10 MM/t/ano até A Shell anunciou em meados do mês de outubro os investimentos para a segunda fase do Parque das Conchas, projeto localizado no bloco BC-10, na Bacia de Campos, a mais de 100 quilômetros da costa do Espírito Santo. Esse investimento irá desenvolver o quarto campo no bloco e dará continuidade à bem-sucedida onda de crescimento na produção da Shell nos negócios de Exploração e Produção nas Américas, segundo a assessoria da empresa. Todo o projeto vai gerar recursos energéticos de aproximadamente 300 milhões de barris de óleo equivalente, com produção de cerca de 100 mil barris por dia. Schlumberger MMX SHELL CORTAS Schlumberger abre el primer centro de investigación multinacional dedicado a la actividad de exploración y producción en Brasil, Río de Janeiro. Denominado Centro de Geoingeniería, fue diseñado para promover la integración entre geociencias e ingeniería y destinado a mejorar la producción de hidrocarburos además de la recuperación de reservorios ubicados en las aguas profundas y complejas del presal brasileño. Según la directora de geomarketing en Brasil, Ana Zambelli, el futuro del petróleo y del gas se encuentra en ambientes técnicamente complejos, como el presal, carbonatos y zonas de aguas profundas. Ella espera que este centro juegue un papel importante en la respuesta a las exigencias de los desafíos técnicos. MMX ampliará sus proyectos de minas de hierro en la región de la Sierra Azul, MG, a través de inversiones que pueden llegar a los R$ 5 mil millones hasta el De este total, el Consejo de Administración de la compañía ha aprobado R$ 3.5 mil millones, que serán destinados al aumento de la capacidad de producción de las minas Tico- Tico e Ipê de 8,7 MM/t/año para 24 MM/t/año. De acuerdo al programa de la empresa, se construirá en la región una nueva planta de procesamiento, un terminal de ferrocarril, además de diez kilómetros de cinta transportadora que unirá la mina con el terminal. El pronóstico de producción de la compañía es de 10 MM/t/ año hasta el Shell anunció a mediados del mes de octubre las inversiones para la segunda fase del Parque de las Conchas, proyecto ubicado en el bloque BC-10, en la Cuenca de Campos, a más de 100 kilómetros de la costa del estado de Espírito Santo. Esa inversión permitirá desarrollar el cuarto campo en el bloque y dará continuidad a la exitosa ola de crecimiento en la producción de Shell relativo a los negocios de Exploración y Producción en las Américas, según el departamento de prensa de la empresa. Todo el proyecto va a generar recursos energéticos de aproximadamente 300 millones de barriles de petróleo equivalente, con una producción de cerca de 100 mil barriles por día. PANORÂMICA Um marco histórico: TLD pré-sal em Tupi Peter Howard Wertheim FPSO Cidade de Angra dos Reis Foto: Agência Petrobras de Notícias Um marco histórico na indústria petrolífera mundial aconteceu no Brasil em maio desse ano, quando a Petrobras iniciou o teste de longa duração (TLD) da área de Tupi, com capacidade para processar até 30 mil barris diários de petróleo. O sistema de produção na nova fronteira exploratória oficialmente deu início a era do pré-sal. Um mês depois, a Refinaria de Capuava (Recap), em São Paulo, refinou o primeiro volume de petróleo extraído da camada pré-sal da Bacia de Santos. Do ponto de vista da geologia, na década de 80, quando foram descobertos os campos de Albacora e Marlim em águas profundas da Bacia de Campos, foi iniciada a era dos turbiditos, rochas-reservatórios que abriram novas perspectivas à produção de petróleo no Brasil. Com o pré-sal da Bacia de Santos, inaugura-se, agora, um novo modelo, assentado na descoberta de óleo e gás em reservatórios carbonáticos. A FPSO Cidade de Angra dos Reis, a plataforma instalada em águas de 2,149 m de profundidade em Tupi desde outubro último, tem capacidade para produzir até 100 mil barris de óleo e cinco milhões de metros cúbicos de gás por dia. Mas, como explicou à imprensa local a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, até o final de março de 2011, quando vai entrar em operação o gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, a produção estará limitada por falta de capacidade para escoamento do gás natural extraído junto ao petróleo. Atualmente, enquanto o gasoduto não estiver operando, o gás segue sendo queimado e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) definiu um teto de queima de gás para projetos desse tipo, em 500 mil metros cúbicos por dia. O gasoduto levará 8 milhões de m³ por dia de gás de Mexilhão à malha nacional de gasodutos. A conexão entre o novo gasoduto e a unidade de tratamento de gás de Caraguatatuba se dará na altura da cidade de Taubaté, em uma linha de gás (Campinas-Rio) que liga São Paulo ao Rio, passando pelo Vale do Rio Paraíba do Sul. Com 96 km de extensão e 28 de diâmetro, o ramal tem capacidade para transportar 20 milhões de m³ por dia. O projeto prevê também a construção da Estação de Compressão Taubaté e da UTGN Caraguatatuba, que terá capacidade para processar 15 MM/m³/dia. Orçado em R$ 1,3 bilhão, o duto cortará, ao todo, seis municípios do estado de São Paulo (Taubaté, Caçapava, São José dos Campos, Jambeiro, Paraibuna e Caraguatatuba). O projeto também prevê o transporte do gás produzido em Mexilhão, Uruguá-Tambaú e Tupi para atendimento aos mercados do Rio de Janeiro e São Paulo. Futuramente os parceiros Petrobras, BG e Galp poderão declarar a comercialidade das reservas de Tupi, a próxima etapa contratual, quando finaliza o período exploratório e a concessionária parte para a produção comercial de um campo petrolífero. As descobertas de Tupi e Iara estão na concessão do Bloco BM-S-11, que, pelo contrato, deverá fazer a mudança até 31 de dezembro. Após a declaração de comercialidade, a empresa poderá também apropriar as reservas em seu balanço. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, disse recentemente a imprensa local que nem todo o volume estimado para Tupi entre 5 e 8 bilhões de barris será apropriado este ano. A Petrobrás tem hoje 14,4 bilhões de barris em reservas provadas e produz 2 milhões de barris por dia. Nas estimativas apresentadas por Gabrielli, se ela [a Petrobras] tem 35 bilhões de barris de reserva, tem no mínimo 25 anos de produção garantida, estimou Gabrielli. Em Iara, a descoberta que fica a leste de Tupi, a companhia estima ter encontrado entre 3 e 4 bilhões de barris de petróleo, elevando a projeção do BM-S-11 para até 12 bilhões de barris. Outras descobertas nessa região prolífica são: Carioca, Bem-te-Vi, Guará, Parati, Caramba, Júpiter, Pau- Brasil, Franco, Libra, Tupi Sul, Florim, Peroba, Iara Entorno e Nordeste Tupi. Até agora foram perfurados apenas entre 30 e 40 poços na região do pré-sal, afirmou Gabrielli. Pré-sal atrai investimentos Além do atrativo índice de descobertas com relação ao pequeno número de poços perfurados na área do pré-sal, um recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) nos Estados Unidos, estima que até 2030 o mix energético mundial será ainda 80% baseado em hidrocarbonetos. Já estão em andamento ou em fase de planejamento uma série de investimentos bilionários em pesquisa 4 Oil & Gas Journal Latinoamericana Novembro/Noviembre Dezembro/Diciembre

4 PANORÂMICA PANORÂMICA tecnológica, infra-estrutura, logística e negócios incluindo os setores portuário, aeroportuário, hoteleiro, imobiliário e naval. Investimentos do governo e de empresas privadas podem ultrapassar os US$20 bilhões. A Petrobras e empresas como a americana Chevron Corp., a norueguesa Statoil ASA e a britânica Tullow Oil PLC estão correndo para perfurar milhares de metros abaixo da superfície do mar porque é lá que estão as reservas remanescentes de óleo ainda não descobertas, afirmou o diário norte-americano The Wall Street Journal. Na reportagem publicada em 29 de novembro último também se lê: Em nenhum lugar ela [a indústria de exploração em águas profundas] é mais evidente do que no Brasil, onde a Petrobras começou, no mês passado, a produzir em um dos maiores campos de petróleo descobertos no continente americano em 30 anos. Em uma perspectiva mais ampla as descobertas no présal provocarão o desenvolvimento do parque industrial que poderá colocar o Brasil entre os cinco maiores produtores mundiais. Comparado à expectativa de esgotamento das reservas de alguns países, a reserva encontrada no pré-sal brasileiro [offshore, nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo] representa um investimento seguro. Outros estudos demonstram que até 2020 cerca de 10% de todo o petróleo do mundo virá de águas profundas, com o maior crescimento concentrado no Brasil, comentou recentemente Andrew Gould, presidente mundial da Schlumberger, a maior empresa de serviços para a indústria de petróleo do mundo. Ao mesmo tempo, ele acrescentou que os investimentos para elevar a mais de 20% a participação das fontes de energia renováveis no bolo energético total, continuam elevados. Em Tupi, o óleo já identificado tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado. Guará, também na Bacia de Santos, tem volumes de 1,1 a 2 B/b de petróleo leve e gás natural, com densidade em torno de 30º API. Pesquisa Tecnológica Schlumberger, que mantém sede em Paris mais é uma multinacional com cerca de 80% do seu capital controlado por investidores institucionais americanos, está no Brasil desde 1945 e foi à primeira empresa estrangeira do setor de petróleo a instalar um centro de pesquisa no País. Além do Centro de Pesquisas, onde foram investidos cerca de US$48 milhões, a Schlumberger inaugurou sua maior base operacional no mundo em Macaé no Estado do Rio de Janeiro, um investimento de US$ 65 milhões. Baker Hughes, Usiminas, FMC, Technip e GE também estão se preparando para instalar centros de pesquisa no Centro Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, próximo ao Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). A Petrobras vem direcionando grande parte de seus esforços para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico visando garantir a produção dessa nova fronteira exploratória já nos próximos anos. Um exemplo é o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios Présal (Prosal) que inclui: modelagem do comportamento de fluídos nas porosidades das rochas geradoras do pré-sal; construção e cementação de poços; caracterização de rochas entre outras pesquisas. Outro programa bemsucedido do Cenpes, o Procap, viabilizou a produção em águas profundas. Além de desenvolver tecnologia própria, a Petrobras trabalha em sintonia com uma rede de universidades que contribuem para a formação de um sólido portfólio tecnológico nacional. Em dezembro o Cenpes já havia concluído a modelagem integrada em 3D das Bacias de Santos, Espírito Santo e Campos, que será fundamental na exploração das novas descobertas. A movimentação gerada direta ou indiretamente pelo pré-sal também envolve atividades como apoio offshore (abastecimento de plataformas), produção de equipamentos submarinos e de superfície, desde tubos flexíveis até plataformas e sistemas de automação. As plataformas P-55 e P-57, entre outros projetos já encomendados à indústria naval e o projeto de E&P no présal, dão ensejo a construção da maior frota de sondas de perfuração a entrar em atividade nos próximos anos. Esses projetos vão garantir a ocupação dos estaleiros nacionais e de boa parte da cadeia de bens e serviços offshore do país. Lançado em maio de 2008, o Plano de Renovação de Barcos de Apoio prevê construção de 146 novas embarcações, com a exigência de 70% a 80% de conteúdo nacional. Cerca de 500 novos empregos diretos serão gerados na construção de cada embarcação. Para tanto, serão investidos US$ 5 bilhões que resultarão em vagas para tripulantes para operar a nova frota. Além de investimentos privados visando ao futuro do pré-sal, estão previstos investimentos de mais de R$ 2,5 bilhões nos próximos anos para obras de dragagem e reforma nos portos da capital, de Angra dos Reis e Itaguaí, todos no Estado do Rio de Janeiro. Até 2013, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 e 2 o Porto de Angra poderá ter seu terminal triplicado e algumas autoridades acreditam que, em cinco anos, a movimentação será dez vezes maior do que é hoje. O grande desafio Com um programa de investimento de US$224 bilhões até 2014, a Petrobras pretende investir US$39 bilhões no pré-sal, prevendo a produção de aproximadamente 2,95 milhões de barris por dia. No pré-sal deverá produzir 241 milhões, ou seja, menos de 10% do total. Mas, segundo Gabrielli, mesmo admitindo que se trate de um crescimento muito acelerado, para 2020 a previsão é que a Petrobras chegue a produzir 3,95 MM/b/dia, sendo que 1,07 milhão, no pré-sal. É preciso regular o ritmo porque a indústria nacional de bens de capital para o setor precisa se adaptar para atender a uma espetacular demanda, observou o executivo. Para fomentar o desenvolvimento da cadeia de suprimentos a Petrobras usará sua capacidade de alavancagem: pelo volume de compras e firmando contratos de longo prazo com seus fornecedores. Uma garantia e tanto para um mercado em fase de expansão. Além disso, a empresa pode antecipar contratos, dar suporte a fornecedores estratégicos, captar recursos e atrair novos parceiros. Tudo isso alicerçado num programa agressivo de licitações para enfrentar os desafios de produção dos próximos anos. Já está em processo de constituição uma empresa a ser formada majoritariamente por investidores brasileiros, tais como fundos de pensão, fundos de equity e fundos de investimento que deverá ser proprietária de todas as sondas a serem fretadas à Petrobras, através de contratos em formato padrão, com duas alternativas: A primeira alternativa é a contratação a ser feita através de licitação. Ela define que fretadores e operadores de sondas (nacionais e estrangeiros), contratem a construção dessas plataformas junto a estaleiros brasileiros e as fretem para uso da Petrobras assim que estas estiverem finalizadas, através de contratos de afretamento de 10 anos de prazo. A segunda forma prevê a utilização de uma nova companhia, a ser proprietária de todas as sondas a serem fretadas à Petrobras, através dos mesmos tipos de contrato. Essa companhia, em processo de constituição, será formada majoritariamente por investidores brasileiros, tais como fundos de pensão, fundos de equity e fundos de investimento. A Petrobras deverá ter uma pequena participação no capital da nova empresa, entre 5% e 10%, com direitos e deveres que serão proporcionais à sua participação no capital da empresa, que deverá se associar a operadores de sondas, especializados e experientes, para explorar economicamente a operação das sondas através dos contratos de afretamento e serviços com a Petrobras. Segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, em 2011 os investimentos da empresa poderão ficar na faixa dos US$ 45 bilhões. Barbassa declarou no início de dezembro que a Petrobras vai ao mercado tomar recursos para otimizar condições de prazos e custos e planeja captar, no próximo ano, entre US$ 15 bilhões e US$ 16 bilhões no mercado internacional. Esse é o mesmo volume captado este ano, e inclui dinheiro para fazer amortização de dívidas que estarão vencendo. O lucro líquido consolidado da Petrobras alcançou US$13,3 bilhões nos primeiros nove meses de 2010, comparado ao lucro de US$10,4 bilhões no mesmo período de 2009 e, segundo a empresa, o aumento de 27,9% foi devido, principalmente, aos maiores volumes vendidos no mercado brasileiro e do aumento de preços das exportações entre outros motivos. Novo marco regulatório Depois que a Petrobras fez descobertas de grandes campos na camada pré-sal o governo resolveu mudar as regras de exploração. O novo marco regulatório muda a lógica de concessão dos blocos para a exploração do petróleo. De agora em diante, os blocos oferecidos nas águas ultra-profundas serão concedidos para os investidores que oferecerem a maior parte do óleo extraído para a União. Atualmente a ANP leva os blocos a leilão e vende as concessões para aqueles que fizerem a melhor oferta em dinheiro (bônus de assinatura) pelo direito de explorá-los. Outra novidade do marco regulatório é que a Petrobras será operadora em todos os campos. A justificativa da Petrobras é que isso garante que o governo tenha informações corretas de produtividade em todos eles. Também foi criada uma nova empresa estatal para gerir os interesses da União nos consórcios que serão criados para a exploração nesses blocos. O Fundo Social, também criado pelo novo marco regulatório, prevê que a receita obtida pela União com a exploração de petróleo deverá ser aplicada em seis áreas prioritárias: saúde, meio ambiente, ciência e tecnologia, combate à pobreza e cultura e educação. Pelas novas regras, todos os Estados receberiam investimentos por meio do fundo. Peter Howard Wertheim é correspondente internacional. Pode ser contactado no peterhw@frionline.com.br Presidente Lula sanciona novo modelo de exploração de petróleo Em 22 de dezembro o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que estabelece o novo modelo de exploração de petróleo na camada do présal. A lei, aprovada no Congresso Nacional no início do mês, estabelece que o atual modelo de concessão para a exploração de petróleo será substituído pelo mecanismo de partilha da produção. Por esse sistema, as empresas responsáveis pela exploração terão que repassar para a União parte do petróleo extraído. Além do novo modelo de exploração, a lei sancionada hoje determinou que a Petrobras seja a operadora única dos blocos de exploração do pré-sal e que tenha uma participação de 30% dos consórcios que forem formados. Segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, a partir de agora começa uma nova etapa na exploração de petróleo no Brasil. O papel da Petrobras agora é muito maior em relação ao petróleo brasileiro. Temos a responsabilidade de sermos operadores únicos. Mas isso não quer dizer que trabalharemos sozinhos, disse. Para Gabrielli, a Petrobras é a empresa que possui as melhores condições para viabilizar a exploração das reservas brasileiras de maneira mais rápida e intensa. Temos infraestrutura e maior experiência na exploração do pré-sal e de águas profundas no mundo. Por isso acredito que temos todas as condições de atender essa questão. Ressaltou que a estatal utilizará as melhores técnicas e os melhores processos na exploração do pré-sal brasileiro, de maneira a aperfeiçoar a produção de petróleo no Brasil. Além disso, Gabrielli afirmou que a Petrobras vai expandir a cadeia de fornecedores nacionais para a indústria do petróleo, para não correr o risco de repetir experiências de outros países que não incentivaram o conteúdo nacional na cadeia do setor. 6 Oil & Gas Journal Latinoamericana Novembro/Noviembre Dezembro/Diciembre

5 Panorámica Un marco histórico: TLD en el presal de Tupi Peter Howard Wertheim Comenzó en Brasil un marco histórico de referencia en la industria petrolífera mundial cuando la empresa Petrobras empezó en mayo de este año, la prueba de larga duración (TLD) del área de Tupi, campo que posee capacidad para procesar hasta 30 mil barriles de petróleo por día. El sistema de producción en la nueva frontera exploratoria comenzó de manera oficial la era del presal. Un mes después, la Refinería de Capuava (Recap), ubicada en San Pablo, refinó el primer volumen de petróleo extraído de la capa presal de la Cuenca de Santos. Desde el punto de vista de la geología, en la década de 1980, cuando se descubrieron los campos de Albacora y Merlim en aguas profundas de la Cuenca de Campos, se inició la era de los turbiditos, rocas-reservorios que abrieron nuevas perspectivas para la producción de petróleo en Brasil. Con el presal de la Cuenca de Santos, se inaugura, ahora, un nuevo modelo, asentado en el descubrimiento de petróleo y gas en reservorios carbonáticos. La FPSO Cidade de Angra dos Reis, la plataforma instalada en aguas de metros de profundidad en Tupi desde octubre de 2010, posee capacidad para producir hasta 100 mil barriles de petróleo y cinco millones de metros cúbicos de gas por día. Pero, como explicó a la prensa local la directora de Gas y energía de Petrobras, Maria das Graças Foster, hasta fines de marzo de 2011, momento en que entrará en operación el gasoducto Caraguatatuba-Taubaté, la producción será limitada en función de la falta de capacidad para transportar el gas natural extraído con el petróleo. En la actualidad, mientras el gasoducto no esté operando, el gas sigue siendo quemado y la Agencia Natural del Petróleo (ANP) ha definido un techo para la quema de gas en los proyectos de ese tipo. El techo es de 500 mil metros cúbicos por día. El gasoducto llevará 8 millones de m³ por día de gas de Mexilhão hacia la red nacional de gasoductos. La conexión entre el nuevo gasoducto y la unidad de tratamiento de gas de Caraguatatuba se dará a la altura de la ciudad de Taubaté, a través de una línea de gas (Campinas-Río de Janeiro) que conecta San Pablo a Río de Janeiro, pasando por el Valle del Río Paríba do Sul. Con 96 km de extensión y 28 de diámetro, el ramal tiene capacidad para transportar 20 millones de m³ por día. El proyecto prevé también la construcción de la Estación de Compresión Taubaté y de la UTGN Caraguatatuba, que tendrá capacidad para procesar 15 MM/m³/día. El ducto, cuyo presupuesto es de R$ millones, cortará, en total, seis municipios del estado de San Pablo (Taubaté, Caçapava, São José dos Campos, Jambeiro, Paraibuna y Caraguatatuba). El proyecto también prevé el transporte del gas producido en Mexilhão, Uruguá-Tambaú y Tupi para satisfacer los mercados de Río de Janeiro y San Pablo. En el futuro, los socios Petrobras, BG y Galp podrán declarar la comercialidad de las reservas de Tupi, la próxima etapa contractual, cuando finaliza el período exploratorio y la concesionaria parte para la producción comercial de un campo petrolífero. Los descubrimientos de Tupi e Iara están en la concesión del Bloque BM-S-11, que, por el contrato, deberá realizar el cambio a más tardar 31 el de diciembre. Después de la declaración de comercialidad, la empresa podrá también apropiarse de las reservas en su balance. El presidente de la compañía estatal, José Sérgio Gabrielli, expresó recientemente ante la prensa local que no todo el volumen calculado de Tupi - entre los y los millones de barriles - será asignado este año. Petrobras posee hoy millones de barriles en reservas probadas y produce 2 millones de barriles por día. En los cálculos presentados por Gabrielli, si la empresa [Petrobras] tiene millones de barriles de reserva, posee al menos 25 años de producción asegurada, estimó Gabrielli. En Iara, el descubrimiento situado al este de Tupi, la compañía calcula que ha encontrado entre los y los millones de barriles de petróleo, elevando la proyección del BM-S-11 a millones de barriles. Otros descubrimientos en esa región prolífica son: Carioca, Bem-te- Vi, Guará, Parati, Caramba, Júpiter, Pau-Brasil, Franco, Libra, Tupi Sul, Florim, Peroba, Iara Entorno y Nordeste Tupi. Hasta ahora fueron perforados tan sólo entre 30 y 40 pozos en la región del presal, afirmó Gabrielli. El Presal atrae inversiones Más allá del atractivo índice de descubrimientos con relación al pequeño número de pozos perforados en el área del presal, un informe reciente emitido por la Agencia Internacional de Energía (AIE) de los Estados Unidos calcula que para el 2030, el mix energético mundial estará todavía un 80% apoyado en hidrocarburos. Ya se encuentran en curso o en fase de planificación una serie de inversiones multimillonarias en investigación tecnológica, infraestructura, logística y negocios, incluyendo a los sectores portuario, aeroportuario, hotelero, inmobiliario y naval. Las inversiones del Estado y de las empresas privadas podrían superar los US$ millones. Petrobras y algunas empresas como la americana Chevron Corp., la noruega Statoil ASA y la británica Tullow Oil PLC están corriendo para perforar millares de metros por debajo de la superficie del mar porque es allí en donde se encuentran las reservas remanentes de petróleo que aún no han sido descubiertas, afirmó el diario norteamericano The Wall Street Journal. En el reportaje publicado el último 29 de noviembre también puede leerse: En ningún lugar [la industria de exploración en aguas profundas] es más evidente que en Brasil, en donde Petrobras comenzó, el mes pasado, a producir en uno de los dos mayores campos de petróleo descubiertos en el continente americano en los últimos 30 años. En una perspectiva más amplia, los descubrimientos en el presal provocarán el desarrollo del parque industrial que podría colocar a Brasil entre los cinco mayores productores mundiales. Comparado con la expectativa de agotamiento de las reservas de algunos países, la reserva encontrada en el presal brasileño [offshore, en los estados de Santa Catarina, San Pablo y Espírito Santo] representa una inversión segura. Otros estudios han demostrado que para el 2020, cerca del 10% de todo el petróleo del mundo provendrá de aguas profundas, con el mayor crecimiento concentrado en Brasil, según los comentarios de Andrew Gould, presidente mundial de Schlumberger, la mayor empresa de servicios para la industria de petróleo del mundo. Al mismo tiempo, Gould agregó que las inversiones para elevar a más del 20% la participación de las fuentes de energía renovables de la torta energética total, continúan elevadas. En Tupi, el petróleo ya identificado posee una densidad de 28,5º API, baja acidez y bajo contenido de azufre. Son características de un petróleo de alta calidad y mayor valor de mercado. Guará, también ubicado en la Cuenca de Santos, posee volúmenes de 1,1 a 2 B/d de petróleo liviano y gas natural, con una densidad en torno de los 30º API. Investigación Tecnológica Schlumberger, que mantiene su sede en París, a pesar de ser una multinacional con cerca del 80% de su capital controlado por inversores institucionales norteamericanos, está en Brasil desde 1945 y fue la primera empresa extranjera del sector de petróleo que instaló un centro de investigaciones en el país. Además del Centro de Investigaciones, en donde se invirtieron cerca de US$ 48 millones, Schlumberger inauguró su mayor base operativa del mundo en Macaé, en el Estado de Río de Janeiro, una inversión de US$ 65 millones. Baker Hughes, Usiminas, FMC, Technip y GE también se están preparando para instalar centros de investigación en el Centro Tecnológico de la Universidad Federal de Río de Janeiro (UFRJ), ubicada en la Ilha do Fundão, próxima al Centro de Investigaciones de Petrobras (Cenpes). Petrobras ha estado orientando gran parte de sus esfuerzos a la investigación y el desarrollo tecnológico, con el objetivo de garantizar la producción de esa nueva frontera exploratorio durante los próximos años. Un ejemplo de eso es el Programa Tecnológico para el Desarrollo de la Producción de los Reservorios Presal (Prosal) que incluye: modelado del comportamiento de fluidos en las porosidades de las rocas generadoras del presal; construcción y cementación de pozos; caracterización de rocas, entre otras investigaciones. Otro de los programas exitosos del Cenpes, el Procap, ha permitido viabilizar la producción en aguas profundas. Además de desarrollar tecnología propia, Petrobras trabaja en sintonía con una red de universidades que contribuyen para la formación de un sólido portfolio tecnológico nacional. En diciembre, el Cenpes ya había finalizado el modelado integrado en 3D de las Cuencas de Santos, Espírito Santo y Campos, algo que será fundamental en la exploración de los nuevos descubrimientos. El movimiento generado directa o indirectamente por el presal también incluye actividades como apoyo offshore (abastecimiento de plataformas), producción de equipos submarinos y de superficie, desde tubos flexibles hasta plataformas y sistemas de automatización. Las plataformas P-55 y P-57, entre otros proyectos ya encomendados a la industria naval y el proyecto de E&P en el presal, crean oportunidades para la construcción de la mayor flota de sondas de perforación que iniciará actividades durante los próximos años. Esos proyectos van a garantizar la ocupación de los astilleros nacionales y de buena parte de la cadena de bienes y servicios offshore del país. El Plan de Renovación de Barcos de Apoyo, lanzado en mayo de 2008, prevé la construcción de 146 nuevas embarcaciones, con la exigencia de que del 70% al 80% posean contenido nacional. Cerca de 500 nuevos empleos directos serán generados en la construcción de cada una de las embarcaciones. Para ello, serán invertidos US$ millones, que tendrán como resultado la creación de puestos de trabajo para tripulantes que pasarán a integrar la nueva flota. Además de inversiones privadas que tienen por objetivo aprovechar el futuro del presal, se prevén inversiones por más de R$ millones durante los próximos años, para obras de drenaje y reforma en los puertos de la capital, Angra dos Reis e Itaguaí, todos situados en el Estado de Río de Janeiro. De aquí al 2013, por medio del Programa de Aceleración del Crecimiento (PAC) 1 y 2, el Puerto de Angra podría triplicar su terminal, y algunas autoridades creen que, en cinco años, el movimiento podría llegar a ser diez veces mayor que el actual. El gran desafío Con un programa de inversiones de US$ millones de aquí al 2014, Petrobras pretende invertir US$ millones en el presal, previendo la producción de aproximadamente 2,95 millones de barriles por día. En el presal producirá 241 millones, o sea, menos del 10% del total. Pero, según Gabrielli, incluso si se admite que se trata de un crecimiento acelerado, para el 2020 la previsión es que Petrobras llegue a producir 3,95 MM/b/ día, siendo que 1,07 millones provendrían del presal. Es necesario regular el ritmo porque la industria nacional de bienes de capital para el sector necesita adaptarse para satisfacer una demanda espectacular, observó el ejecutivo. Para fomentar el desarrollo de la cadena de abastecimientos, Petrobras utilizará su gran capacidad de influencia apoyada en el volumen de compras y en la firma de contratos de largo plazo con sus proveedores. Una importante garantía para un mercado en fase de expansión. Además de eso, la empresa puede anticipar contratos, dar apoyo a proveedores estratégicos, captar recursos y garantizar nuevos socios. Todo eso apoyado en un programa agresivo de licitaciones para enfrentar los desafíos de producción de los próximos años. Ya se encuentra en proceso de construcción una empresa que estará conformada en forma mayoritaria por inversores brasileños, tales como fondos de pensión, fondos de equity y fondos de inversión. La empresa será propietaria de todas las sondas que serán arrendadas a Petrobras, a través de contratos en formato estándar, incluyendo dos alternativas posibles: La primera alternativa es la contratación a ser realizada a través de licitación. La misma estipula que las empresas arrendadoras y operadoras de sondas deberán contratar la construcción de esas plataformas a astilleros brasileños, debiendo arrendarlas para uso de Petrobras una vez finalizadas, a través de contratos de arrendamiento de 10 años de plazo. 8 Oil & Gas Journal Latinoamericana Novembro/Noviembre Dezembro/Diciembre

6 PANORÁMICA La segunda forma prevé la utilización de una nueva compañía, la cual será la propietaria de todas las sondas a ser arrendadas a Petrobras, a través de los mismos tipos de contrato. Esa compañía, en proceso de constitución, estará conformada mayoritariamente por inversores brasileños, tales como fondos de pensión, fondos de equity y fondos de inversión. Petrobras tendría una pequeña participación en el capital de la nueva empresa, entre un %5 y un 10%, con derechos y deberes que serán proporcionales a su participación en el capital de la empresa, la cual deberá asociarse a operadores de sondas, especializados y con experiencia, para explotar económicamente la operación de las sondas a través de los contratos de arrendamiento y servicios con Petrobras. De acuerdo con el director financiero de Petrobras, Almir Barbassa, en 2011, las inversiones de la empresa podrían alcanzar aproximadamente los US$ millones. Barbassa declaró a principios de diciembre que Petrobras va a ir al mercado a tomar recursos para optimizar condiciones de plazos y costos, y planea captar, durante el próximo año, entre US$ y US$ millones en el mercado internacional. Ese es el mismo volumen captado este año, e incluye dinero para hacer amortización de deudas que estarán venciendo. Las ganancia líquida consolidada de Petrobras alcanzó los US$ millones durante los primeros nueve meses de 2010, en comparación con las ganancias de US$ millones alcanzadas durante el período de Según la empresa, el aumento del 27,9% se produjo, principalmente, en función del mayor volumen vendido en el mercado brasileño, así como del aumento de los precios de las exportaciones, entre otros motivos. Nuevo marco regulatorio Después de que Petrobras realizara descubrimientos de grandes campos en la capa presal, el gobierno resolvió cambiar las reglas de explotación. El nuevo marco regulatorio cambia la lógica de concesión de los bloques para la explotación de petróleo. De ahora en adelante, los bloques ofrecidos en las aguas ultraprofundas serán concedidos a aquellos inversores que le ofrezcan al Estado la mayor parte del petróleo extraído. Actualmente, la ANP lleva a subasta los bloques y vende las concesiones a aquellos que hacen la mejor oferta en dinero (bonos de firma) por el derecho de explotarlos. Otra novedad del marco regulatorio es que Petrobras será la operadora en todos los campos. La justificativa de Petrobras es que eso garantiza que el Estado tenga la información correcta sobre la productividad de cada uno de ellos. También ha sido creada una nueva empresa estatal para gerenciar los intereses del Estado en los consorcios que serán creados para la exploración en esos bloques. El Fondo Social, que también ha sido creado por el nuevo marco regulatorio, prevé que los ingresos obtenidos por el Estado a partir de la explotación de petróleo deberá aplicarse en seis áreas prioritarias: salud, medioambiente, ciencia y tecnología, combate a la pobreza y cultura y educación. A partir de lo estipulado por las nuevas reglas, todos los estados brasileños deberán recibir inversiones por medio del fondo. Peter Howard Wertheim es corresponsal internacional. Puede ser contactado mediante en el peterhw@ frionline.com.br Presidente Lula sanciona nuevo modelo de exploración de petróleo El 22 de diciembre el presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, firmó la ley que establece nuevo modelo para la exploración petrolera en el presal. La ley, aprobada en el Congreso a principios de este mes, establece que el actual modelo de concesión para la exploración de petróleo será sustituido por el mecanismo de producción compartida. Por este sistema, las empresas responsables por la exploración tendrán que entregar parte del petróleo extraído a la Unión. Además del nuevo modelo operativo, la ley sancionada hoy determina que Petrobras será la única operadora de los bloques de exploración en el presal y que tendrá una participación del 30% de los consorcios que se formen. Según el presidente de Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, a partir de ahora comienza una nueva etapa en la exploración de petróleo en Brasil. El papel de Petrobras es ahora mucho mayor en relación al petróleo brasileño. Tenemos la responsabilidad de ser los únicos operadores. Pero eso no quiere decir que vamos a trabajar solos, añadió. Para Gabrielli, Petrobras es la empresa que tiene las mejores condiciones para que la explotación de las reservas brasileñas sea más rápida e intensa. Tenemos infraestructura y la mayor experiencia del mundo en exploración en presal y en aguas profundas. Así que creo que tenemos todas las condiciones para abordar este asunto. Enfatizó que la compañía utilizará las mejores técnicas y los mejores procesos en la exploración del presal brasileño, con el fin de mejorar la producción de petróleo en Brasil. Además, Gabrielli dijo que Petrobras ampliará la red nacional de proveedores para la industria petrolera, para evitar el riesgo de repetir las experiencias de otros países que no incentivaron el sector nacional. Destaque setorial Cuba vai perfurar sete poços no Golfo do México Cuba tem uma Zona Econômica Exclusiva de cerca de quilômetros quadrados nas águas do Golfo do México, os quais estão divididos em 59 blocos, onde operam Repsol YPF, PDVSA, Petrobrás e PetroVietnã, entre outras. Fontes da petroleira cubana declararam que perfurarão sete poços nos próximos dois anos nesta zona e, no fechamento desta edição, estava em andamento a plataforma Scarabeo 9, cuja construção inicial esteve a cargo da firma norueguesa Frigstad Discoverer Invest Limited e que foi concluída pela empresa Saipem, uma filial da petroleira italiana Eni SpA. Perto dali, na Antilhas, nos próximos meses a petroleira estatal de Belize, Belice Petroleum and Energy Limited, começará a explorar em busca de cru e gás nas águas do Caribe. Ela fará isto em uma área de quase 5000 quilômetros quadrados e em sociedade com a OPIC Resource Corporation, uma subsidiária da taiwanesa Chinese Petroleum Corp. (CPC). Em meados deste ano, a Belice Petroleum and Energy Limited também assinou um acordo com a Petróleos de Venezuela (Pdvsa), para a criação da empresa mista Alba Petrocaribe (Belize Energy) Limited, a qual se encarregará do fornecimento de combustível para este país. Por sua vez, as autoridades do Panamá anunciaram que em breve darão os primeiros passos para o início das atividades de exploração petroleira em seu território. Para iniciar, começaram a acumular todos os resultados das explorações realizadas no Panamá até o momento. Esta será a primeira fase e, posteriormente, será realizada uma concessão e exploração que vai contribuir com cerca de 20% de direitos para o Estado. Mercado em movimento na Argentina O presidente da Repsol YPF, Antonio Brufau, anunciou a descoberta de gás natural não convencional (shale gas) realizada na Bacia de Neuquén com um volume de 127 bcm, equivalente a 4 anos de consumo de gás na Espanha. O anúncio foi feito durante visita à Argentina, em presença da presidente do País, Cristina Fernández. Segundo a empresa, a última descoberta da Repsol YPF, que se inscreve dentro do Programa de Desenvolvimento Exploratório e Produtivo , se soma a outros projetos exploratórios realizados na Bacia de Neuquén, que revelaram indícios de um importante potencial de gás não convencional em dita bacia. Estes descobrimentos aumentam consideravelmente o valor da bacia. Uma vez completados os estudos da área, será possível precisar o exato tamanho dos recursos. (Veja mapa) REALCE sectorial Cuba perforará siete pozos en el Golfo de México Cuba tiene una Zona Económica Exclusiva de unos kilómetros cuadrados en aguas del Golfo de México, los cuales están divididos en 59 bloques, donde operan Repsol YPF, PDVSA, Petrobras y PetroVietnam, entre otras. Fuentes de la petrolera cubana han dicho que perforarán siete pozos en los próximos dos años en esa zona, y al cierre de esta edición estaba en curso la plataforma Scarabeo 9, cuya construcción inicial estuvo a cargo de la firma noruega Frigstad Discoverer Invest Limited y que fue concluida por la empresa Saipem, una filial de la petrolera italiana Eni SpA. Cerca de allí, en Las Antillas, en los próximos meses la petrolera estatal de Belice, Belice Petroleum and Energy Limited, comenzará a explorar en busca de crudo y gas en aguas del Caribe. Lo hará en un área de casi 5000 kilómetros cuadrados y en sociedad con la OPIC Resource Corporation, una subsidiaria de la taiwanesa Chinese Petroleum Corp. (CPC). A mediados de este año, Belice Petroleum and Energy Limited también firmó un acuerdo con Petróleos de Venezuela (Pdvsa), para la creación de la empresa mixta Alba Petrocaribe (Belize Energy) Limited, la cual se encargará del suministro de combustible a ese país. Por su parte, las autoridades de Panamá han anunciado que en breve darán los primeros pasos para el inicio de las actividades de exploración petrolera en su territorio. Para empezar, han empezado a acumular todos los resultados de las exploraciones realizadas en Panamá hasta el momento. Esa será la primera fase, y posteriormente será realizada una concesión y explotación, que aportarán un 20% de regalías al Estado. Mercado en movimiento en Argentina El presidente de Repsol YPF, Antonio Brufau, anunció el descubrimiento de gas natural no convencional (shale gas) realizado en la Cuenca de Neuquén, con un volumen de 127 bcm, lo que equivale a 4 años de consumo de gas en España. El anuncio fue realizado durante su visita a la Argentina, y en presencia de la presidenta de ese país, Cristina Fernández. Según la empresa, el último descubrimiento de Repsol YPF, que se inscribe dentro del Programa de Desarrollo Exploratorio y Productivo , se suma a otros proyectos exploratorios realizados en la Cuenca de Neuquén, los cuales revelan indicios de un importante potencial de gas no convencional en la mencionada cuenca. Esos descubrimientos aumentan considerablemente el valor de la cuenca. Una vez completados los estudios del área, será posible precisar el tamaño exacto de los recursos. (Ver mapa) 10 Oil & Gas Journal Latinoamericana Novembro/Noviembre Dezembro/Diciembre

7 Destaque Tecnológico Petrobras e ABNT lançam a ISO no Brasil Realce Tecnológico Petrobras y ABNT lanzan ISO en Brasil A Petrobras e a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) lançaram, em solenidade na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a ISO norma internacional da Responsabilidade Social. Na ocasião estiveram presentes Ana Paula Grether, coordenadora do Relatório de Sustentabilidade da Petrobras e representante da Indústria na delegação brasileira na ISO 26000, Jorge Cajazeira, Gerente corporativo de Competitividade da Suzano Papel e Celulose e presidente do Grupo de Trabalho Internacional da ISO 26000; Eduardo São Thiago, Gerente de Relações Internacionais da ABNT e co-secretário do Grupo de Trabalho Internacional da ISO 26000; Kevin McKinley, vice-secretário geral da ISO, além de representantes da FIESP, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e demais participantes da delegação brasileira na ISO. A ISO foi discutida durante oito anos por 400 especialistas de mais de 90 países. A delegação brasileira teve a Petrobras como representante da indústria nacional. O documento final apresenta a expectativa da sociedade quanto à atuação das empresas em relação a questões como direitos humanos, práticas trabalhistas, meio ambiente, governança, entre outros temas de responsabilidade social. A norma é considerada inovadora, pois é a primeira norma ISO construída por um grupo de trabalho presidido conjuntamente por um país desenvolvido, a Suécia, e um país em desenvolvimento, o Brasil. Além disso, pela primeira vez a ISO utilizou um sistema participativo composto por seis partes interessadas (representantes da indústria, do governo, dos trabalhadores, dos consumidores, das ONGs, de instituições acadêmicas, de pesquisa e consultoria). Vale ressaltar que a norma tem caráter voluntário e orientador, não implica certificação nem verificação externa por terceiros. Parceria A Petrobras em parceria com a ABNT apoiou a delegação brasileira na construção da norma. Em quatro anos, foram realizados 14 seminários no país, que envolveram mais de mil participantes, para debater os temas da norma. Esses eventos mostraram o protagonismo do Brasil na difusão da construção participativa da norma. Nenhum outro país envolvido na discussão da norma promoveu tamanho debate interno sobre sua construção, explica Ana Paula Grether. A parceria da Petrobras com a ABNT continua após o lançamento da norma. A partir de 2011, serão realizados mais seminários em todas as regiões do país (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Manaus e Porto Alegre) para disseminar a aplicação da ISO A norma, cujo preço de comercialização no Brasil é de R$ 180,60, será distribuída gratuitamente nos seminários. Além disso, a Petrobras é a primeira empresa brasileira a se comprometer em adotar a ISO Nós acompanhamos todo o processo de construção da norma. Então nós já trouxemos esse conhecimento para dentro da empresa e a partir disso formulamos requisitos de excelência em responsabilidade social com linhas de ação específicas, enfatiza a representante da Petrobras. A Petrobras elaborou 80 requisitos de excelência em Responsabilidade Social, seguindo os dez princípios do Pacto Global e baseando-se também no conteúdo da norma e em outros indicadores de relevância internacional, como os da Global Reporting Initiative e o questionário do Índice de Sustentabilidade Dow Jones. Entre as ações internas da Petrobras quanto à implementação das diretrizes da ISO 26000, estão a formatação de curso específico sobre os temas da norma para seus funcionários na Universidade Petrobras e a capacitação em responsabilidade social para fornecedores, em parceria com o SEBRAE. A primeira iniciativa está relacionada à questão de desenvolvimento humano e capacitação no local de trabalho e à integração de responsabilidade social em toda a organização, tratados pela norma. E a segunda iniciativa está alinhada ao conceito de Esfera de Influência, também definido na norma. A ISO relaciona os temas da responsabilidade social que devem ser considerados na esfera de influência e na cadeia de valor da organização, incluindo, por exemplo, seus fornecedores, parceiros comerciais, distribuidores e clientes. Bureau Veritas e Coppe assinam acordo de cooperação O Bureau Veritas e a COPPE assinaram no final de novembro, um acordo de cooperação para o desenvolvimento de projetos e formação de recursos humanos na área de engenharia naval e oceânica (offshore). A solenidade de assinatura aconteceu na sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e contou com a presença vários empresários e profissionais do setor naval e offshore, além de executivos da COPPE e do Bureau Veritas, tanto do Brasil, quanto de sua matriz na França. Os desafios que o pré-sal vem trazendo a todo o segmento foram abordados pelo representante da Petrobras, Marcos Donato, Consultor Sênior do Cenpes. Também foram destacadas as apresentações do Profº Segen Estefen, diretor de tecnologia e inovação da COPPE; do vice-presidente do grupo Bureau Veritas para a América Latina, Sr. Eduardo Camargo; do vice-presidente e diretor técnico da divisão Marítima do Grupo Bureau Veritas na França, Pierre de Livois e do vice-presidente de Pesquisa & Desenvolvimento da divisão Marítima do Grupo Bureau Veritas na França, Pierre Besse, que fez uma apresentação sobre os programas de pesquisa em andamento. Como frutos desse acordo, durante o evento foram anunciadas duas ações já programadas para acontecer: A primeira é a cessão à COPPE, com objetivos acadêmicos, dos programas Hidrostar e Ariane desenvolvidos pelo Bureau Veritas com foco de atuação nas áreas de hidrodinâmica e amarração de unidades offshore, respectivamente. O outro projeto, cujo início está previsto para janeiro de 2011, constitui-se de um desenvolvimento específico que visa avaliar a capacidade de sistemas de posicionamento dinâmico para navios petroleiros aliviadores, com particular interesse para os campos do pré-sal. La Petrobras y ABNT (Asociación Brasileña de Normas Técnicas) lanzaron, en una solemnidad celebrada en la sede de la Federación de Industrias del estado de São Paulo (FIESP), la norma ISO 26000: norma internacional de Responsabilidad Social. Estuvieron presentes Ana Paula Grether, coordinadora del Informe de Sostenibilidad de Petrobras, así como el representante de la Industria de la delegación brasileña en la norma ISO 26000, Jorge Cajazeira, Gerente corporativo de Competitividad de Suzano Papel e Celulose y el presidente del Grupo de Trabajo Internacional de ISO 26000; Eduardo São Thiago, Gerente de Relaciones Internacionales de ABNT y cosecretario del Grupo de Trabajo Internacional de ISO 26000; Kevin McKinley, vicesecretario general de ISO, además de representantes de FIESP, de la Confederación Nacional de la Industria (CNI) y demás participantes de la delegación brasileña en ISO. La norma ISO se discutió durante ocho años por 400 especialistas de más de 90 países. La delegación brasileña tuvo a Petrobras como representante de la industria nacional. El documento final presenta la expectativa de la sociedad con relación a la actuación de las empresas en materia de derechos humanos, prácticas laborales, medio ambiente, gobierno corporativo, entre otros temas de responsabilidad social. Para Ana Paula Grether esta norma es muy importante puesto que orienta a todas las organizaciones hacia una actuación socialmente responsable. ISO es un hito y, quizás en el futuro, sea un pacto social entre la sociedad y las organizaciones. Además, por haber sido elaborada por diversas manos representa lo que la sociedad espera de nosotros en el tema de responsabilidad social, destaca la coordinadora de Informe de Sostenibilidad de Petrobras y representante de la Industria en la delegación brasileña en ISO La norma se considera innovadora, ya que es la primera norma ISO elaborada por un grupo de trabajo presidido conjuntamente por un país desarrollado, Suecia, y un país en desarrollo, Brasil. Asimismo, por primera vez la norma ISO utilizó un sistema participativo compuesto por seis partes interesadas (representantes de la industria, del gobierno, de los trabajadores, de los consumidores, de las ONG, de instituciones académicas, de investigación y consultoría). Es importante señalar que la norma es voluntaria y de orientación, no implica una certificación ni la verificación externa de terceros. Parcero Petrobras en colaboración con la ABNT ha apoyado a la delegación brasileña en la confección de la norma. En cuatro años, se han realizado 14 seminarios en el país, que involucraron a más de mil participantes, para debatir los temas de la norma. Estos eventos mostraron el protagonismo de Brasil en la difusión de la elaboración participativa de la norma. Ningún otro país involucrado en la discusión de esta norma ha promovido tanto debate interno sobre su confección, explica Ana Paula Grether. La alianza entre Petrobras y la ABNT continúa después de la publicación de la norma. A partir de 2011, se llevarán a cabo más seminarios en todas las regiones del país (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Manaus y Porto Alegre) para difundir la aplicación de ISO La norma, cuyo precio de comercialización en Brasil es de R$ , se distribuirá gratuitamente en los seminarios. Petrobras elaboró 80 requisitos de excelencia en Responsabilidad Social, siguiendo los diez principios del Pacto Global, basándose también en el contenido de la norma y en otros indicadores de relevancia internacional, como los de Global Reporting Initiative y el cuestionario del Índice de Sostenibilidad Dow Jones. Entre las acciones internas de Petrobras relacionadas con la implementación de las directrices de ISO 26000, se encuentran la realización de un formato para un curso específico sobre los temas de la norma destinado a sus empleados en la Universidad Petrobras y la capacitación en responsabilidad social para proveedores, en asociación con SEBRAE. La primera iniciativa está relacionada con el tema de desarrollo humano y capacitación en el lugar de trabajo y la integración de la responsabilidad social en toda la organización, tratados por la norma. Y la segunda iniciativa está en consonancia con el concepto de Esfera de Influencia, también definido en la norma. La norma ISO incorpora los temas de responsabilidad social que deben considerarse en la esfera de influencia y en la cadena de valor de la organización, incluyendo, por ejemplo, sus proveedores, aliados comerciales, distribuidores y clientes. El Bureau Veritas y Coppe firman acuerdo de cooperación El Bureau Veritas y la COPPE firmaron, a fines de noviembre, un acuerdo de cooperación para el desarrollo de proyectos y formación de recursos humanos en el área de ingeniería naval y oceánica (offshore). La solemnidad de la firma tuvo lugar en la sede de la Bolsa de Valores de Río de Janeiro y contó con la presencia de varios empresarios y profesionales del sector naval y offshore, además de ejecutivos de la COPPE y del Bureau Veritas, tanto de Brasil como de su matriz, ubicada en Francia. Los desafíos que el presal viene trayendo para a todo el segmento fueron abordados por el representante de Petrobras, Marcos Donato, consultor Senior del Cenpes. También se destacaron las presentaciones del Prof. Segen Estefen, director de tecnología e innovación de la COPPE; del vicepresidente del grupo Bureau Veritas para América Latina, Sr. Eduardo Camargo; del vicepresidente y director técnico de la división Marítima del Grupo Bureau Veritas en Francia, Pierre de Livois y del vicepresidente de Investigación & Desarrollo de la división Marítima del Grupo Bureau Veritas en Francia, Pierre Besse, quien realizó una presentación sobre los programas de investigación en curso. Fruto de ese acuerdo, durante el evento se anunciaron dos acciones que ya estaban previstas: la primera es la cesión a la COPPE, con objetivos académicos, de los programas Hidrostar y Ariane, desarrollados por el Bureau Veritas con un enfoque de actuación en las áreas hidrodinámica y amarre de unidades offshore, respectivamente. El otro proyecto, cuyo inicio está previsto para enero de 2011, está constituido por un desarrollo específico y tiene por objetivo evaluar la capacidad de sistemas de posicionamiento dinámico para navíos petroleros aliviadores, con un interés particular para los campos del presal. 12 Oil & Gas Journal Latinoamericana Novembro/Noviembre Dezembro/Diciembre