César Coutinho, David Sans, Jaime Fernandez, Wilfredo Porta, Pedro Pezarat Correia, Peter Zierof, Roberto Rufino García Portero
Título: Editor: Pedro Pezarat Correia e César Coutinho Revisão Literária: Ana Gomes Faria Edição: Faculdade de Motricidade Humana Edições FMH - 1495-688 Cruz Quebrada Tel.: 21 414 92 14 - Fax: 21 414 92 69 edicoes@fmh.utl.pt - www.fmh.utl.pt/cart Impressão e acabamento: Security Print - Sociedade de Industria Gráfica, Lda. Tiragem: 200 exemplares Data: Setembro de 2008 ISBN: 978-972-735-158-9 Depósito legal nº 282013/08
Índice Prefácio Investigação biomecânica e electromiográfica no ténis: Que contributos? Pedro Pezarat Correia Análise biomecânica dos batimentos de esquerda a uma e a duas mãos César Coutinho Valoración y prevención de lesiones en el hombro de un tenista Roberto García Portero Exigencias fisiológicas del tenis: Análisis y principios del entrenamiento Javier Fernández-Fernández Las capacidades coordinativas en el tenis Peter Zierof Sistemas de entrenamiento basados en la variabilidad de la práctica David Sanz Rivas La planificación en el tenis de competicion Wilfredo Porta & David Sanz 7 9 39 53 73 81 91 99 5
FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA 6 Universidade Técnica de Lisboa
Prefácio Este livro resulta da colectânea dos artigos escritos que suportaram as comunicações apresentadas no II Seminário Investigação e Ténis realizado na Faculdade de Motricidade Humana. No seguimento do livro publicado em 2007 no I Seminário, esta publicação procura constituir mais um documento para o espólio de literatura produzida em Portugal com base científica sobre ténis. É com naturalidade que a Faculdade de Motricidade Humana, como escola de referência na produção de conhecimento científico e investigação no desporto, volta a organizar um seminário onde se juntam diferentes especialistas que investigam e/ou intervêm no ténis de alto nível. É nossa intenção proporcionar aos vários intervenientes no desenvolvimento do ténis nacional uma oportunidade de divulgação e partilha de informação relevante e actualizada visando a melhoria do ensino e treino da modalidade com especial enfoque no ténis de alto rendimento. Na segunda edição deste evento, procurámos adicionar à participação nacional uma forte participação dos nossos vizinhos ibéricos. A Espanha é actualmente uma das mais fortes potências mundiais do ténis e constitui uma fonte de formação de jogadores com enorme sucesso, o que se traduz, entre outros indicadores, no número de jogadores espanhóis que integram o Top 100 do circuito ATP. É portanto natural que procuremos trazer até nós alguns dos profissionais que aqui ao lado trabalham ao alto nível competitivo e produzem conhecimento actualizado em diferentes áreas do ténis. Dessa participação destacamos a colaboração especial da Tennis Education Group de Espanha. Na escolha dos prelectores procurámos congregar domínio de conhecimento científico e experiência prática na orientação do processo de treino e formação de jogadores de alto nível. O produto da sua intervenção neste seminário poderá ser apreendido duma forma mais consistente através da sua documentação escrita, permitindo uma análise mais cuidada e uma utilização que não se esgota durante o seminário. Os artigos que constituem esta obra situam-se em áreas distintas de abordagem do ténis, como a biomecânica, a caracterização da participação muscular, a fisiologia, o desenvolvimento das qualidades físicas, o planeamento do treino, ou a formação de jogadores jovens. 7
FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA Uma palavra final de agradecimento para todos os que contribuíram para a edição deste livro. Pedro Pezarat Correia César Coutinho Editores 8 Universidade Técnica de Lisboa
Investigação biomecânica e electromiográfica no ténis: Que contributos? Pezarat Correia, P. Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal Resumo A análise biomecânica e electromiográfica têm fornecido um contributo fundamental no conhecimento dos aspectos críticos na execução dos gestos técnicos e na caracterização dos padrões de solicitação muscular. Essa informação constitui um corpo de conhecimentos que se pode revestir de grande utilidade ao nível da orientação do treino técnico, das qualidades físicas e da prevenção de lesões. São neste artigo revistos os principais contributos fornecidos pela investigação com recurso a métodos de análise cinemática, cinética e electromiográfica na caracterização dos principais gestos tenísticos. Introdução O ténis é uma modalidade extremamente exigente nas componentes técnica, táctica, física e psicológica. As características do jogo e o sistema de pontuação levam a que o resultado de um jogo ou de um torneio reflictam qual foi na realidade o jogador mais competente, com uma margem muito reduzida para argumentos como a sorte ou a influência do árbitro. Essa característica, associada à popularidade e ao grande investimento feito em torno da modalidade, determinaram uma cada vez maior presença de estudos científicos em diversas áreas que este desporto envolve. Essa investigação pode ser encontrada em periódicos científicos na área das ciências do desporto ou da medicina desportiva ou em livros de actas de eventos científicos sobre ténis (Tennis Science and Technology e Medicine and Science in Tennis são exemplos) ou desportos de raquete (Science and Racket Sports). Dada a dispersão de áreas e a especificidade de que se revestem a maior parte dos artigos de investigação, com explanação exaustiva de detalhes metodológicos e conceptuais que não são de leitura fácil ao profissional que procura essencialmente a dimensão aplicativa dos estudos científicos, os artigos de revisão científica podem 9
Análise biomecânica dos batimentos de esquerda a uma e a duas mãos Coutinho, César Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa, Portugal Resumo Neste artigo foco a diferença entre dois batimentos, que apesar de parecerem extremamente parecidos, têm estratégias completamente distintas para gerar potência, e consequentemente para o ensino do respectivo movimento. Através destes dois movimentos de esquerda, extrapolamos também para todos os outros movimentos no ténis, visto que os princípios serão semelhantes considerando os dois tipos de estratégia linear e angular. Introdução Estes dois batimentos, apesar de serem teoricamente semelhantes, apresentam estratégias mecânicas totalmente diferentes para a sua execução (Reid & Elliott, 2002), estratégias essas muitas vezes negligenciadas quando estamos a falar do processo de ensino-aprendizagem de um jovem atleta. Existem dois grandes grupos de batimentos no ténis, do ponto de vista de análise biomecânica. Os batimentos com uma componente linear mais acentuada e os batimentos com uma componente angular mais elevada. Praticamente todos os tipos de batimentos têm as duas componentes, a questão está na predominância de cada uma delas. O batimento de esquerda a uma mão tem uma componente linear predominante, ao passo que o batimento a duas mãos tem uma componente angular superior. Ora vejamos o que isto significa e quais as suas implicações em todos os aspectos relacionados com o respectivo batimento. 39
Valoración y prevención de lesiones en el hombro de un tenista García Portero, R. Resumen Distintos estudios demuestran que una de las mayores zonas de lesión en los jugadores de tenis es el hombro. Este artículo desarrolla y explica que una valoración del hombro del jugador es esencial para elaborar un buen programa de prevención de lesiones, y realizarlo desde que los jugadores empiezan a jugar al tenis. Introducción Teniendo en cuenta que la articulación del hombro es la que tiene más movilidad del cuerpo humano. Anatómicamente el hombro proporciona estabilidad y un rango de movilidad en todas las direcciones (Van Der Hoeven & Kibler, 2006). En lo dicho anteriormente existe un frágil equilibrio entre la estabilidad y la movilidad, y particularmente en los jugadores de tenis. La repetición del movimiento del servicio en el tenis (abducción + rotación externa), como sabemos es un movimiento por encima de la cabeza, provoca una sobrecarga de las estructuras de alrededor del hombro. La mayoría de las lesiones del hombro en los jugadores de tenis tienen alteraciones anatómicas, biomecánicas y fisiológicas. Es muy importante conocer las alteraciones que pueden ocurrir en el hombro y sobretodo los síntomas clínicos y las opciones de tratamiento de las lesiones del hombro. Según el estudio realizado por Teixeira Silva et al., 2007), comentan que analizando la incidencia en el uso con exceso de las lesiones en los jugadores de tenis, ha sido determinado un significante número de lesiones ocurridas en la zona superior del húmero. 53
Exigencias fisiológicas del tenis: Análisis y principios del entrenamiento Fernández-Fernández, J. Universidade de Alcala, Madrid Real Federación de Ténis Resumen El éxito en el tenis de alta competición requiere una alta habilidad a nivel técnico-táctico (Smekal et al., 2001). Además, para alcanzar un alto nivel de rendimiento (ej., llegar a tener una clasificación internacional), los jugadores de tenis necesitan poseer unos atributos fisiológicos específicos como son una buena condición física aeróbica, fuerza muscular o potencia. El conocimiento de los perfiles de la competición y las respuestas fisiológicas asociadas al tenis de competición son, por lo tanto, esenciales para el diseño de programas de entrenamiento efectivos en un deporte tan complejo como el tenis. En esta presentación se proporciona una visión general de la literatura más importante relacionada con la fisiología del tenis y proporciona tanto a entrenadores como a jugadores/as una información útil que pueda ayudar a mejorar el rendimiento en la pista. Introducción El éxito en el tenis de alta competición requiere una alta habilidad a nivel técnico-táctico (Smekal et al., 2001; Vergauwen et al., 1998). Además, para alcanzar un alto nivel de rendimiento (ej., llegar a tener una clasificación internacional), los jugadores de tenis necesitan poseer unos atributos fisiológicos específicos como son una buena condición física aeróbica, fuerza muscular o potencia (König et al., 2001; Müller et al., 2000). El conocimiento de los perfiles de la competición y las respuestas fisiológicas asociadas al tenis de competición son, por lo tanto, esenciales para el diseño de programas de entrenamiento efectivos en un deporte tan complejo como el tenis. En esta presentación se proporciona una visión general de la literatura más importante relacionada con la fisiología del tenis y proporciona tanto a entrenadores como a jugadores/as una información útil que pueda ayudar a mejorar el rendimiento en la pista. 73
Las capacidades coordinativas en el tenis Zierof, Peter Global Tennis Team & Tennis Education Group Resumen La coordinación en el tenis representa una capacidad indispensable para optimizar el rendimiento del jugador. Si bien es cierto que el tenis es un deporte multifacético, se considera la técnica como la más determinante de las cualidades. Es por tanto necesario considerar el desarrollo de la coordinación como imprescindible para mejorar la técnica en particular y el rendimiento en general de nuestros jugadores.las capacidades coordinativas se desarrollan a través de la práctica, por ello, además de ser condiciones indispensables para la práctica, también representan la consecuencia de la actividad deportiva. El tenis es un deporte donde el jugador está tomando constantemente decisiones para solventar situaciones cambiantes derivadas del carácter abierto y técnico de éste. Por ello debemos aumentar el bagaje motor del jugador de manera global para favorecer la elaboración de soluciones individuales en la pista derivadas del propio juego. Esta coordinación ha de empezarse a trabajar en edades tempranas para aprovechar las fases sensibles del sistema nervioso donde éste es flexible y más fácilmente moldeable. El desarrollo de la coordinación en edades tempranas ayudará al aprendizaje de la futura técnica y su posterior estabilización. En esta presentación se expondrá el modelo de trabajo que se lleva a cabo en la Academia Global Tennis Team. 1. Qué son las capacidades coordinativas? Son capacidades sensomotrices que se aplican conscientemente en la dirección de movimientos componentes de una acción motriz con una finalidad determinada (Meinel y Schnabel, 1987). Si analizamos bien esta definición vemos que éstas no dejan de ser la relación del sistema músculo-esquelético (el responsable de la ejecución de la acción) con el sistema nervioso (el responsable de elaborar la respuesta con respecto de la situación motriz percibida). Una vez definidas las capacidades coordinativas podemos interpretar que los gestos técnicos no dejan de ser el fruto de una correcta combinación de las capacidades coordinativas, de ahí que deduzcamos que la técnica requiera de un alto nivel 81
Sistemas de entrenamiento basados en la variabilidad de la práctica Sanz Rivas, D. Director Área Docencia e Investigación RFET. Universidad Camilo José Cela, Madrid, España Resumen En los últimos años hemos percibido un cambio notable en el deporte del tenis, en el que los jugadores han implementado una serie de variantes técnico-tácticas para adaptarse al ritmo que impone el juego actual. Contamos con múltiples referencias en las que se manifiesta, en un análisis comparativo entre el tenis de competición actual y el tenis de competición de hace diez años, que el patrón de actividad es mucho más exigente para los jugadores, puesto que la intensidad del juego es mayor, la velocidad de la pelota también y por lo tanto eso implica que la potencia de golpeo y la velocidad de desplazamiento también lo sea. Sin embargo, siendo conscientes de todos esos cambios hemos percibido que en muchos casos, los sistemas de entrenamiento que se utilizan en la preparación de los tenistas y, sobre todo, de los futuros tenistas, no se realiza acorde a lo que realmente les va a exigir ese deporte. En este sentido, y como foco central de esta presentación, abordaremos como podemos plantear sistemas de entrenamiento acordes a las exigencias del tenis actual basándonos en los procesos de aprendizaje y en la organización de la práctica para plantear las diferentes situaciones. Entendemos el aprendizaje como un proceso de adaptación, de cambio estable en la conducta, y dado que el tenis nos exige una constante adaptación a cada una de las múltiples situaciones que se nos presentan, expondremos los mecanismos para afrontar el entrenamiento de este deporte a partir de diferentes situaciones que nos ayuden a mejorar la competencia de nuestro tenista en su desempeño. Así afrontaremos la adaptación y la variabilidad en la práctica como medios para poder presentar tareas a nuestros deportistas que favcorezcan la adquisición de patrones motores que podrán ser ajustados en función de las necesidades del juego. Introducción Conseguir sujetos competentes en la práctica de cualquier modalidad deportiva se presenta como uno de los objetivos principales de los científicos y técnicos deportivos. Pero.. qué es la competencia motriz? difiere del simple dominio 91
La planificación en el tenis de competicion Porta, Wilfredo¹ & Sanz, David² ¹ Global Tennis Team & Tennis Education Group ² Real Federación Espanhola de Tenis Resumen En el presente artículo, tras realizar una introducción sobre lo que supone la planificación del entrenamiento en el tenis de competición actual, comentaremos los diferentes modelos de planificación que se han empleado en el tenis, centrándonos en uno de ellos, que desde nuestro punto de vista, se adapta mejor a las características que impone el circuito profesional para los jugadores de tenis. Concretamente, el ejemplo que mostraremos será el que se ha empleado con el jugador Carlos Moyá, desarrollado por uno de los autores del artículo, Jofre Porta. Entendemos por planificación el proceso sistemático para estructurar el entrenamiento deportivo dirigido a la distribución de las cargas de trabajo acorde a unos parámetros determinados y, siempre, marcados a las adaptaciones que el deportista vaya teniendo a los regímenes de entrenamiento propuestos. El fin último de la planificación será la consecución del máximo rendimiento posible por parte del jugador. La planificación nos permite prever, y así anticiparnos, a las posibles contingencias que acontezcan durante el proceso de entrenamiento y de competición de un jugador. La planificación en la alta competición viene determinada por los objetivos a medio y corto plazo fundamentalmente. Estos objetivos se materializan, normalmente, en las competiciones en las que vaya a participar nuestro jugador. En este sentido, la planificación requiere de un riguroso proceso de revisión continua, puesto que en cualquier deporte se presentan situaciones imprevistas como lesiones, enfermedades, estados físicos o anímicos del jugador, resultados de las competiciones,, (Porta, 2004) que pueden condicionarla y requerir un planteamiento de adaptación continua para seguir manteniendo una estructuración lógica en el proceso de entrenamiento y competición del jugador. De hecho, en el tenis, se manifiesta un formato de competición que hace de la planificación un concepto continuamente revisable, puesto que conocemos las fechas del inicio de las competiciones pero no 99
Breve biografia dos oradores convidados César Coutinho Assistente Convidado da Faculdade de Motricidade Humana UTL. Doutorando (University of Western Austrália sob orientação do Doutor Bruce Elliott). Treinador Nível 3 da FPT e Ex-Seleccionador Nacional de sub-16 Femininos. Prelector do módulo de Biomecânica no curso nível 3 da FPT. Consultor e treinador de tenistas como Gastão Elias, Tommy Robredo, Michelle Brito. David Sanz Director da Área e Docência e Investigacão da Real Federación Española de Tenis (RFET). Doutor em Ciências do Desporto. Professor na Universidad Camilo José Cela. Professor Nacional de Ténis (Nível 3) pela RFET. Javier Fernández-Fernández Doutor em Fisiologia do Exercício. Professor na Universidade de Alcala (Madrid). Investigador na área da fisiologia do exercício aplicada ao ténis. Coordenador e Professor de Ciências do Desporto e Treino da RFET. Preparador físico e consultor para o treino físico de tenistas profissionais (i.e., Carlos Moyá). Pedro Pezarat Correia Professor Associado com Agregação da Faculdade de Motricidade Humana UTL. Doutor em Ciências da Motricidade. Investigador na área do treino muscular no ténis. Prelector da FPT entre 1995 e 2002. 105
FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA Peter Zierof Licenciado em Ciências da Actividade Física e do Desporto. Director Técnico do Tennis Education Group. Preparador físico e consultor para o treino físico de tenistas profissionais. Professor Nacional de Ténis (Nível 2) pela RFET. Roberto Rufino García Portero Diplomado Universitario en Fisioterapia por la Universidad Alfonso X el Sabio. Master Universitario Europeo en Fisioterapia Deportiva por la Universidad René-Descartes de París y la INSEP. Fisioterapeuta personal de Maria Sharapova e Alberto Martín. Fisoterapeuta en el Centro de Reeducación Buttes Chaumont en París(2005- -2006) e en el Hospital de Lanmary en Dordoña, Francia (2003-2004). Wilfredo Porta Director da Global Tennis Academy e do Tennis Education Group. Treinador de Carlos Moyá (com Luís Lobo). Participou na formação, entre outros, de Rafael Nadal, Tomeu Salvá, Nuria Llagostera. Professor Nacional de Ténis (Nível 3) pela RFET. 106 Universidade Técnica de Lisboa