Experiências do Programa Brasileiro de Aids Experiencias del Programa Brasileño de SIDA

Transcripción

1 Experiências do Programa Brasileiro de Aids Experiencias del Programa Brasileño de SIDA

2 Apresentação O Programa brasileiro de combate a aids é motivo de orgulho pra todos nós brasileiros, por seus avanços, conquistas e pelo justo reconhecimento que vem recebendo de toda a comunidade internacional nesses 20 anos de existência. Não podemos deixar de mencionar que esses avanços e conquistas foram possíveis pelo incessante diálogo e parceira com as organizações da sociedade civil, que, desde o início, participaram ativamente da formulação das políticas. A assistência integral aos pacientes, o respeito aos seus direitos e a sua dignidade, ao lado das ações de prevenção, das campanhas, do processo de educação permanente dos profissionais de saúde, da adoção de ações e metas arrojadas têm sido os principais motivos do progresso das respostas, em relação à aids, que o País conquistou nos últimos anos. Recordo-me que, em 1988, quando fui delegado do Brasil na Conferência sobre Impacto Mundial da Aids (Londres, Inglaterra), a aids era considerada sentença de morte. Não havia medicamento que combatesse, efetivamente, o Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV. A realidade, hoje, é totalmente diferente. Já existem pacientes que vivem com HIV/aids há pelo menos 20 anos, trabalhando e tendo atividades sociais como qualquer outra pessoa. Isso só foi possível graças à coragem que o Brasil teve em garantir atenção integral a todos os pacientes, em 1997, contrariando, inclusive, boa parte da comunidade internacional que acreditava, então, que não seríamos capazes de manter essa política e acabaríamos por comprometer, seriamente, a saúde dos portadores com a inevitável interrupção do tratamento. Presentación El Programa brasileño de combate al SIDA es motivo de orgullo para todos los brasileños, por sus avances, conquistas y por el justo reconocimiento que ha recibido de toda la comunidad internacional en estos 20 años de existencia. No podemos dejar de mencionar que estos avances y conquistas fueron posibles gracias al incesante diálogo y a la asociación mancomunada con las organizaciones de la sociedad civil, que, desde el comienzo, participaron activamente en la formulación de las políticas. La asistencia integral a los pacientes, el respeto de sus derechos y de su dignidad, conjuntamente con las acciones de prevención, las campañas, el proceso de educación permanente de los profesionales de salud, la adopción de acciones y metas audaces han sido los principales motivos del progreso de las respuestas, con relación al SIDA, que el país conquistó en los últimos años. Recuerdo que en 1988, cuando fui delegado de Brasil en la Conferencia sobre Impacto Mundial del SIDA (Londres, Inglaterra), el diagnóstico de SIDA era considerado una sentencia de muerte. No había medicamentos que combatiesen, efectivamente, el VIH. Actualmente, la realidad es totalmente diferente. Ya existen pacientes que viven con VIH/SIDA hace por lo menos 20 años, que están trabajando y realizando actividades sociales como cualquier otra persona. Esto sólo fue posible gracias al coraje que Brasil tuvo al garantizar atención integral a todos los pacientes en 1997, contrariando, inclusive, buena parte de la comunidad internacional que creía, entonces, que no seríamos capaces de mantener esta política y que acabaríamos comprometiendo seriamente la salud de los portadores con la inevitable interrupción del tratamiento. 4

3 Felizmente, o tempo mostrou que aquelas críticas estavam equivocadas. Mesmo porque a estratégia adotada não sofreu interrupções por causa das mudanças políticas ocorridas desde então. O que mostra que a aids tornou-se no nosso País um compromisso de Estado. É imperioso reconhecer, contudo, que existem desafios a serem superados. A guerra contra a aids, infelizmente, ainda não foi vencida em nenhuma parte do mundo. Apesar de todos os avanços da ciência nesses quase 30 anos do surgimento da doença, a esperança de uma vacina que dê fim ao curso da epidemia é algo distante no horizonte dos próximos anos. O que nos obriga a manter-nos vigilantes para não perdermos todo o progresso conquistado até aqui. Por isso, a busca da auto-sustentabilidade do Programa é uma meta a ser perseguida, sob pena de estarmos reféns de interesses mercantis. Nesse sentido, buscaremos todos os recursos necessários, os instrumentos legais previstos tanto na nossa legislação, quanto nos acordos internacionais, como o Trips e a Declaração de Doha. Não permitiremos que o acesso universal ao tratamento seja ameaçado, em qualquer hipótese. O Programa Brasileiro de Aids não pode perder as suas conquistas. Ele representa uma referência para outros países do mundo, sobretudo, os mais pobres, que enfrentam a aids como uma epidemia terrível. O Brasil, inclusive, vem procurando ajudá-los. Saraiva Felipe Ministro da Saúde Felizmente, el tiempo mostró que aquellas críticas estaban equivocadas. Incluso porque la estrategia adoptada no sufrió interrupciones en función de los cambios políticas ocurridos desde aquel entonces. Lo que demuestra que el SIDA se convirtió en nuestro país en un compromiso de Estado. Es imperioso reconocer, no obstante, que existen desafíos que deben ser superados. La guerra contra el SIDA, infelizmente, todavía no fue vencida en ninguna parte del mundo. A pesar de todos los avances de la ciencia en estos casi 30 años desde el surgimiento de la enfermedad, la esperanza de una vacuna que acabe con el curso de la epidemia es algo distante en el horizonte de los próximos años. Esto nos obliga a mantenernos en actitud vigilante para no perder todo el progreso conquistado hasta ahora. Por eso, la búsqueda de la auto-sostenibilidad del Programa es una meta que debe ser conquistada, bajo pena de convertirnos en rehenes de intereses comerciales. En este sentido, buscaremos todos los recursos necesarios, los instrumentos legales previstos tanto en nuestra legislación, como en los acuerdos internacionales, como el Trips y la Declaración de Doha. No permitiremos que el acceso universal al tratamiento sea amenazado, en ninguna hipótesis. El Programa Brasileño de SIDA no puede perder sus conquistas. Él representa una referencia para otros países del mundo, sobre todo, los más pobres, que enfrentan al SIDA como una epidemia terrible. Brasil, incluso, está intentando ayudarlos. Saraiva Felipe Ministro de Salud 5

4 Programa Nacional de DST e Aids O surgimento da aids no início dos anos 80 exigiu do governo e da sociedade civil a construção conjunta de respostas ao HIV. Essa parceria vem produzindo resultados expressivos e, em nenhuma outra área da saúde, a participação de organizações da sociedade civil se dá de forma tão significativa, influenciando diretamente nos processos de decisão e na formulação de políticas de saúde, fazendo-se presente em áreas tradicionalmente dominadas pelo saber científico. Anterior à constituição dos Conselhos de Saúde, que são instâncias deliberativas de controle e fiscalização do Sistema Único de Saúde (SUS), a formação da Comissão Nacional de Aids (CNAIDS), em 1986, foi um marco importante e vem contribuindo significativamente para os resultados alcançados pelo Programa Brasileiro de Aids. Fórum permanente para propostas e formulações das políticas públicas de enfrentamento da aids, é a instância consultiva mais importante do Ministério da Saúde, sendo constituída por representantes dos Gestores de Saúde União, Estados e Municípios, do movimento social, das universidades, de associações de classe, de empresários e da comunidade científica. Outro fator determinante é que muito antes da Assembléia Geral das Nações Unidas para o HIV e Aids (UNGASS HIV e AIDS) ter recomendado que o enfrentamento da epidemia da aids deve ser abrangente e inclusivo, com equilíbrio entre atividades de prevenção, assistência, promoção dos direitos humanos e com a participação ativa das pessoas vivendo com a doença nos processos de decisão, o Programa Brasileiro de Aids já trabalhava em todas essas vertentes. Essa abordagem equilibrada, ao longo dos anos, vem demonstrando resultados positivos, como a melhoria significativa na sobrevida e na qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV e aids. Houve diminuição importante nas internações hospitalares, aumento da expectativa de vida e queda da mortalidade em até 50%. Programa Brasileño de ETS y SIDA El surgimiento del SIDA al comienzo de los años 80 exigió del gobierno y de la sociedad civil la construcción conjunta de respuestas al VIH. Esta asociación mancomunada está produciendo resultados expresivos y, en ninguna otra área de la salud, la participación de organizaciones de la sociedad civil se lleva a cabo de forma tan significativa, influenciando directamente los procesos de toma de decisión y en la formulación de políticas de salud, haciéndose presente en áreas tradicionalmente dominadas por el saber científico. Antes de la constitución de los Consejos de Salud, que son instancias deliberativas de control y fiscalización del Sistema Único de Salud, la formación de la Comisión Nacional del SIDA (CNAIDS), en 1986, fue un marco importante y está contribuyendo significativamente a los resultados logrados por el Programa Brasileño de SIDA. Forum permanente para propuestas y formulaciones de las políticas públicas de enfrentamiento del SIDA, es la instancia consultiva más importante del Ministerio de Salud, estando constituida por representantes de los Gestores de Salud Unión, Estados y Municipios, del movimiento social, de las universidades, de asociaciones profesionales, de empresarios y de la comunidad científica. Otro factor determinante es que mucho antes de que la Asamblea General de las Naciones Unidas para el VIH y SIDA (UNGASS VIH y SIDA) hubiera recomendado que el enfrentamiento de la epidemia del SIDA debe ser abarcador e inclusivo, mantener el equilibrio entre actividades de prevención, asistencia, promoción de los derechos humanos y debe contar con la participación activa de las personas viviendo con la enfermedad en los procesos de toma de decisión, el Programa Brasileño de SIDA ya trabajaba en todas estas vertientes. 6

5 Ao lado disso, constatamos ainda uma maior conscientização das pessoas em relação ao uso do preservativo, principalmente entre os jovens. No início da década de 90, o Banco Mundial havia previsto que em 10 anos o Brasil teria 1,2 milhões de pessoas vivendo com HIV e aids. Contrariamente a essa previsão, a estimativa para o ano 2000 foi de 600 mil pessoas infectadas pelo vírus, número que permaneceu o mesmo em Esse quadro de redução e posterior estabilidade não seria possível sem que houvesse uma autoridade nacional forte, participativa e inclusiva, coordenando a implementação de um plano de ação pactuado entre os diferentes setores envolvidos no enfrentamento da epidemia. Contudo, todas essas conquistas não impedem que novos desafios surjam e que precisem ser enfrentados de forma efetiva e rápida, como o perfil da epidemia, que vem apresentando tendência de crescimento nas regiões Sul, Nordeste e Norte; as mulheres e a população mais empobrecida persistem como grupos altamente vulneráveis; a inclusão da aids nos serviços básicos de saúde enquanto programa de saúde publica; a sustentabilidade a médio e longo prazo do acesso universal ao diagnóstico precoce e aos medicamentos anti-retrovirais, relacionada diretamente ao incremento da produção nacional desses insumos. A experiência demonstra, contudo, que é possível superar os obstáculos impostos pela doença, se houver vontade, envolvimento de toda a sociedade e desejo de manter as conquistas no campo da aids que são, na verdade, de cada um dos brasileiros engajados e comprometidos na luta contra a epidemia. Foi assim que chegamos até aqui e é assim que seguiremos em frente. Atualmente, a busca da sustentabilidade do Programa no que concerne a política de acesso universal e gratuito ao tratamento anti-retroviral continua sendo uma meta a ser perseguida e cujo encaminhamento repousa única e exclusivamente na produção nacional e verticalizada de drogas essenciais e estratégicas, caso contrario continuaremos reféns de interesses mercantis. Nesse sentido, em parceria com o movimento social e outros atores no poder legislativo, judiciário e executivo, buscaremos todos os recursos necessários, os instrumentos legais previstos tanto na nossa legislação, quanto nos acordos internacionais, como o Trips e a Declaração de Doha, com vistas a tingir este objetivo. Esta edição da Resposta + tem a intenção de mostrar algumas das ações do Programa Brasileiro frente ao HIV/aids. Esperamos compartilhar conhecimentos, ações e contribuir para dissipar preconceitos e julgamentos morais. E lembrar que toda a sociedade tem um papel fundamental para conter o avanço do vírus. Pedro Chequer Diretor do Programa Brasileiro de DST e Aids Este abordaje equilibrado, a lo largo de los años, está demostrando resultados positivos, tales como la mejoría significativa de la sobrevida y de la calidad de vida de las personas viviendo con VIH y SIDA. Hubo una disminución significativa de las internaciones hospitalarias, aumento de la esperanza de vida y disminución de la mortalidad, que llegó al 50%. Conjuntamente con esto constatamos también una mayor conscientización de las personas con relación al uso del preservativo, principalmente entre los jóvenes. Al comienzo de la década del 90, el Banco Mundial había previsto que en 10 años, en Brasil habría 1,2 millones de personas viviendo con VIH y SIDA. Contrariando esta previsión, la estimación para el año 2000 fue de 600 mil personas infectadas por el virus, número que permanece sin modificaciones en el Este cuadro de reducción y posterior estabilidad no sería posible sin que hubiera una autoridad nacional fuerte, participativa e inclusiva, coordinando la puesta en marcha de un plan de acción pactado entre los diferentes sectores involucrados en el enfrentamiento de la epidemia. Sin embargo, todas estas conquistas no impiden que nuevos desafíos surjan y que precisen ser enfrentados de forma efectiva y rápida, como el perfil de la epidemia, que está presentando tendencia al crecimiento en las regiones Sur, Nordeste y Norte; las mujeres y la población más empobrecida continúan siendo grupos altamente vulnerables; la inclusión del SIDA en los servicios básicos de salud; la sostenibilidad a mediano y largo plazo del acceso universal al diagnóstico precoz y a los medicamentos antirretrovirales, relacionada directamente al incremento de la producción nacional de estos insumos. Actualmente, la búsqueda de la sostenibilidad del Programa en lo que se refiere a la política de acceso universal y gratuito al tratamiento antirretroviral continúa siendo una meta a ser perseguida y cuyo encaminamiento reposa única y exclusivamente sobre la producción nacional y verticalizada de drogas esenciales y estratégicas. De lo contrario, continuaremos siendo rehenes de intereses comerciales. En este sentido, en asociación mancomunada con el movimiento social y otros actores del poder legislativo, judicial y ejecutivo, buscaremos todos los recursos necesarios, los instrumentos legales previstos tanto en nuestra legislación, como en los acuerdos internacionales, como el Trips y la Declaración de Doha, con miras a lograr este objetivo. Esta edición de la Respuesta + tiene la intención de mostrar algunas de las acciones del Programa Brasileño frente al VIH/SIDA. Esperamos compartir conocimientos, acciones y contribuir a disipar preconceptos y juicios morales. Y recordar que toda la sociedad desempeña un rol fundamental para contener el avance del virus. Pedro Chequer Director del Programa Brasileño de ETS y SIDA 7

6 S u m á r i o Í n d i c e EPIDEMIOLOGIA Epidemiología Epidemia de aids no Brasil Epidemia de SIDA en Brasil DIAGNÓSTICO, ASSISTÊNCIA E TRATAMENTO Diagnóstico, Asistencia y Tratamiento Saúde prioriza atenção às pessoas com HIV e aids Salud prioriza atención a las personas que viven con VIH y SIDA Diagnóstico para o HIV na rede pública de saúde Diagnóstico para el VIH en la red pública de salud Amazonas é pioneiro na implantação de teste rápido para o HIV Amazonas es pionero en la implantación de test rápido para el VIH Curitiba reduz transmissão vertical do HIV Curitiba reduce transmisión vertical del VIH Controle das DST causam impacto na redução do HIV Control de las ETS causa impacto en la reducción del VIH PREVENÇÃO Prevención Avanços e desafios - 25 anos de epidemia no Brasil Avances y desafíos - 20 años de epidemia en Brasil Retrato do Brasil no centro-sul do País Retrato de Brasil en el centro-sur del País Saúde e prevenção nas escolas: vencendo preconceitos Salud y prevención en las escuelas - venciendo preconceptos Política de redução de danos diminui casos de aids no Brasil Política de reducción de daños disminuyen casos de SIDA en Brasil Forças Armadas reforçam a prevenção no interior no País Fuerzas Armadas refuerzan la prevención en el interior del País Ações de DST e aids alcançam a população indígena Acciones de ETS y SIDA llegan a la población Indígena... 71

7 Religião e prevenção: parceria em prol da vida Religión e prevención: campaña en favor de la vida Empresários unem esforços para combater a aids no local de trabalho Empresarios aúnan esfuerzos para combatir al SIDA en el local de trabajo SOCIEDADE CIVIL E DIREITOS HUMANOS Sociedad Civil y Derechos Humanos Participação da sociedade civil na construção do Programa Brasileiro Participación de la sociedad civil en la construcción del Programa Brasileño A convivência é remédio para o corpo e para a alma La convivencia es un remedio para el cuerpo y para el alma Saúde mental em tempos de aids Salud mental en tiempos de SIDA COOPEX Coopex Intercâmbio fortalece resposta brasileira Intercambio fortalece respuesta brasileña PESQUISA Investigación O combate à aids nas mãos da ciência El combate al SIDA en manos de la ciencia COMUNICAÇÃO Comunicación Comunicação: uma construção democrática Comunicación: una construcción democrática Salão do Humor: educação itinerante Salón del Humor Educación itinerante EDUCAÇÃO E SAÚDE Educación y Salud Educação permanente na resposta ao HIV/aids Educación permanente en la respuesta al VIH/SIDA

8 EPIDEMIOLOGIA Epidemiología Epidemia de aids no Brasil Tendências e comportamento relacionado ao HIV/aids A prevalência do HIV na população geral mantém-se estabilizada Estima-se que cerca de 600 mil pessoas vivem com HIV ou aids no Brasil. Segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), os países podem ser classificados como sendo de epidemia: incipiente - quando a prevalência é menor que 5% em populações consideradas de risco; concentrada - quando a prevalência se mantém constante acima de 5% em qualquer subgrupo da população considerada de risco, mas menor que 1% entre mulheres grávidas moradoras de áreas urbanas; e generalizada - se a prevalência for consistentemente maior que 1% em mulheres grávidas. Segundo esses parâmetros, o Brasil mantém sua posição entre os países com epidemia concentrada, com prevalência da infecção pelo HIV de 0,61% entre a população de 15 a 49 anos, sendo 0,42% entre as mulheres e 0,80% entre os homens. Entre as parturientes de 15 a 24 anos, essa prevalência foi de 0,28%. A estabilização das taxas de prevalência do HIV certamente está associada às mudanças de comportamentos, práticas e atitudes da população brasileira frente às questões relacionadas à transmissão do HIV. Dado isso, o Programa Brasileiro de DST e Aids (PN-DST/AIDS) do Ministério da Saúde, juntamente com o Departamento de Informações em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz e com o apoio dos Centros para Controle de Doenças e Prevenção (Centers for Disease Control and Prevention - CDC) dos Estados Unidos da América, desenvolveram, no ano de 2004, a Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas na População Brasileira de 15 a 54 anos (PCAP-BR), com uma amostra representativa da população brasileira de 15 a 54 anos, objetivando Epidemia de SIDA en Brasil Tendencias y comportamiento relacionado con el VIH/SIDA La prevalencia del VIH en la población general se mantiene estabilizada Se considera que cerca de 600 mil personas viven con VIH o SIDA en Brasil. Según parámetros de la Organización Mundial de Salud (OMS), los países pueden ser clasificados como siendo de epidemia: incipiente - cuando la prevalencia es menor que el 5% en poblaciones consideradas de riesgo; concentrada - cuando la prevalencia se mantiene constante por encima del 5% en cualquier sub-grupo de la población considerada de riesgo, pero es menor que el 1% entre mujeres embarazadas habitantes de áreas urbanas; y generalizada - si la prevalencia fuera consistentemente mayor que el 1% en mujeres embarazadas. Según estos parámetros, Brasil mantiene su posición entre los países con epidemia concentrada, con prevalencia de la infección por el VIH del 0,61% entre la población de 15 a 49 años, siendo del 0,42% entre las mujeres y 0,80% entre los hombres. Entre las parturientas de 15 a 24 años, esta prevalencia fue del 0,28%. La estabilización de las tasas de prevalencia del VIH ciertamente está asociada a los cambios de comportamientos, prácticas y actitudes de la población brasileña frente a las cuestiones relacionadas con la transmisión del VIH. En función de lo anteriormente mencionado, el Programa Brasileño de ETS y SIDA (PN-ETS/SIDA) del Ministerio de Salud, conjuntamente con el Departamento de Informaciones en Salud de la Fundación Oswaldo Cruz y con el apoyo de los Centros para Control de Enfermedades y Prevención (Centers for Disease 10

9 melhor conhecer aqueles fatores de vulnerabilidade, já apontado em estudos anteriores. Maioria da população conhece como o HIV é transmitido Os dados da pesquisa em questão mostram que quase 91% da população brasileira de 15 a 54 anos citou espontaneamente a relação sexual como forma de transmissão do HIV e 94% apontou o uso de preservativo como forma de prevenção da infecção. O conhecimento é maior entre as pessoas de 25 a 39 anos, entre os mais escolarizados e entre as pessoas residentes nas regiões Sul e Sudeste. Além disso, 67,1% da população brasileira tem conhecimento correto das formas de transmissão do HIV, sendo menor entre os mais jovens (62%) e entre as pessoas com ensino fundamental incompleto (59%), e chegando a 82% entre aqueles com ensino fundamental completo. A pesquisa mostra, também, que quase 90% da população brasileira de 15 a 54 anos relatou já ter tido alguma relação sexual na vida e 81% era sexualmente ativa no último ano. A região Nordeste, apesar da menor proporção de pessoas sexualmente ativas, apresenta uma das maiores proporções de pessoas com início da vida sexual antes dos 15 anos (29,4%). Na região Sul essa proporção foi de 20%. Quase 20% da população brasileira sexualmente ativa relatou ter tido mais de 10 parceiros na vida e 4% mais de cinco parceiros eventuais no último ano, sendo que, entre os jovens de 15 a 24 anos, essa última alcança 7%. Essa proporção foi de 5,5% no Norte e em torno de 4% no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Aumenta o uso de preservativo com parceiro eventual O uso consistente de preservativo é a medida considerada mais eficiente na interrupção da transmissão do HIV pela via sexual. Ainda de acordo com a PCAP-BR de 2004, aproximadamente 38% da população sexualmente ativa usou preservativo na última relação sexual independentemente da parceria, chegando a 57% quando se consideram apenas os jovens de 15 a 24 anos. O uso de preservativos na última relação sexual com parceiro eventual foi de 67%. A proporção comparável em 1998 foi de 63,7% (Pesquisa Cebrap, 1998). Aproximadamente 25% da população sexualmente ativa de 15 a 54 anos relatou uso de preservativo em todas as relações sexuais do último ano, atingindo 51,5% quando se considera o uso com parceiro eventual. Com parceria eventual, o uso regular de preservativos alcança quase 61% na região Sul, sendo maior entre os homens (28,5%), os mais jovens (39%) e entre as pessoas mais escolarizadas (31,8%). Control and Prevention - CDC) de los Estados Unidos de América, desarrollaron, en el 2004, la Investigación de Conocimiento, Actitudes y Prácticas en la Población Brasileña de 15 a 54 años (PCAP-BR), con una muestra representativa de la población brasileña de 15 a 54 años, con el objetivo de conocer mejor los factores de vulnerabilidad, ya señalados en estudios anteriores. La mayoría de la población conoce la forma en que el VIH es transmitido Los datos de la investigación en cuestión muestran que casi el 91% de la población brasileña de 15 a 54 años mencionó espontáneamente la relación sexual como forma de transmisión del VIH y el 94% se refirió al uso de preservativo como forma de prevención de la infección. El conocimiento es mayor entre las personas de 25 a 39 años, entre los más escolarizados y entre las personas residentes en las regiones Sur y Sudeste. Además, el 67,1% de la población brasileña tiene un conocimiento correcto de las formas de transmisión del VIH, siendo menor entre los más jóvenes (62%) y entre las personas que cuentan con enseñanza básica incompleta (59%), y llegando al 82% entre los que cuentan con enseñanza básica completa. La investigación muestra también que casi el 90% de la población brasileña de 15 a 54 años relató ya haber tenido alguna relación sexual en la vida y, el 81% era sexualmente activa en el último año. La Región Nordeste, a pesar de registrar una menor proporción de personas sexualmente activas, presenta una de las mayores proporciones de personas que inician la vida sexual antes de los 15 años (29,4%). En la Región Sur esta proporción fue del 20%. Casi el 20% de la población brasileña sexualmente activa relató haber tenido más de 10 parejas en la vida y el 4% relata haber tenido más de cinco parejas eventuales en el último año, siendo que, entre los jóvenes de 15 a 24 años, llega al 7%. Esta proporción fue del 5,5% en el Norte y aproximadamente del 4% en el Nordeste, Sudeste y Centro-Oeste. Aumenta el uso de preservativo con pareja eventual El uso consistente de preservativo es la medida considerada más eficiente en la interrupción de la transmisión del VIH por vía sexual. También de acuerdo con la PCAP-BR del 2004, aproximadamente el 38% de la población sexualmente activa usó preservativo en la última relación sexual independientemente de la pareja, llegando al 57% cuando se consideran apenas los jóvenes de 15 a 24 años. El uso de preservativos en la última relación sexual con pareja eventual fue del 67%. La proporción comparable, en 1998, fue del 63,7% (Encuesta Cebrap, 1998). 11

10 Diminui o comportamento de risco entre os jovens Estudos com jovens de 17 a 21 anos, conscritos do Exército Brasileiro, mostram que o uso consistente de preservativo com parceiro eventual vem aumentando nos últimos anos. Essa proporção passou de 53%, em 1999, para 57%, em Da mesma forma, o uso de preservativo na última relação sexual subiu de 61,5%, em 1999, para 69,3%, em 2002 (Pesquisa entre os Conscritos do Exército Brasileiro, ). Pesquisas realizadas a partir da década de 80 revelam, também, o aumento no uso de preservativos na primeira relação sexual entre os jovens. Enquanto, em 1986, apenas 9% faziam uso desse instrumento de prevenção, em 1998, a proporção de jovens entre 16 e 25 anos que usou preservativos na primeira relação foi de 49% (Pesquisa Cebrap, 1998). A proporção comparável entre os jovens, em 2004, foi de 51%, variando entre 39% na região Nordeste e 58% na região Sul. Outrossim, a análise das coortes de nascimento mostra um aumento relevante no uso de preservativos na primeira relação entre as pessoas que nasceram no período e as que nasceram entre Além disso, o Índice de Comportamento Sexual de Risco (ICSR), ou seja, a média do número de parceiros no ano anterior ponderada pela freqüência do uso de preservativo segundo o tipo de parceria, entre os conscritos diminuiu de 0,98 em 1999 para 0,88 em 2002, Aproximadamente el 25% de la población sexualmente activa de 15 a 54 años relató uso de preservativo en todas las relaciones sexuales del último año, llegando al 51,5% cuando se considera el uso con pareja eventual. Con pareja eventual, el uso regular de preservativos llega a casi el 61% en la Región Sur, siendo mayor entre los hombres (28,5%), los más jóvenes (39%) y entre las personas más escolarizadas (31,8%). Disminuye el comportamiento de riesgo entre los jóvenes Estudios con jóvenes de 17 a 21 años, conscriptos del Ejército Brasileño, muestran que el uso consistente de preservativo con pareja eventual está aumentando en los últimos años. Esta proporción pasó del 53% en 1999 al 57% en el De la misma forma, el uso de preservativo en la última relación sexual aumentó del 61,5% en 1999 al 69,3% en el 2002 (Investigación entre los conscriptos del Ejército Brasileño, ). Investigaciones realizadas a partir de la década de 80 revelan, también, el aumento del uso de preservativos en la primera relación sexual entre los jóvenes. Mientras que, en 1986, apenas el 9% hacían uso de este instrumento de prevención, en 1998, la proporción de jóvenes entre 16 y 25 años que usaron preservativos en la primera relación sexual fue del 49% (Investigación Cebrap, 1998). La proporción comparable entre los jóvenes en el 2004, fue del 51%, variando entre el 39% en la Región Nordeste y el 58% en la Región Uso de preservativos na primeira relação sexual, segundo a coorte de nascimento Brasil, 2004 Uso de preservativos en la primera relación sexual según el grupo de nacimiento Brasil, % 61,2% 60% 50% 46,1% 40% 32,1% 30% 20% 10,0% 10,9% 12,2% 17,7% 19,5% 10% 0%

11 redução essa bem mais evidente entre homens que Fazem Sexo com outros Homens (HSH) e aqueles Usuários de Drogas Injetáveis (UDI) (Pesquisa entre os Conscritos do Exército Brasileiro, ). Aumenta a cobertura da testagem para o HIV em pessoas sexualmente ativas Os dados da PCAP-BR de 2004 mostram, também, que 28% da população sexualmente ativa já havia realizado o teste anti-hiv alguma vez na vida, proporção essa 21% maior do que a observada em 1998 (23%). A cobertura da testagem é maior entre as mulheres sexualmente ativas (35%) do que entre os homens (21,4%), principalmente devido ao incentivo à realização do teste anti-hiv durante o pré-natal. As diferenças entre os sexos são mantidas ao se observarem a distribuição por idade e escolaridade. Além disso, observam-se diferenças regionais nessa cobertura, variando de 35% na região Sudeste e 15% no Nordeste. Novos casos de aids têm tendência de queda no Sudeste, mas crescente em outras regiões No Brasil, desde a identificação do primeiro caso de aids, em 1980, até junho de 2004, após um processo de recuperação de atraso de notificação, já foram notificados cerca de 360 mil casos, ou seja, de indivíduos com sinais, sintomas e/ou resultados laboratoriais que indiquem deficiência imunológica provocada pelo HIV. As taxas de incidência foram crescentes até metade da década de 90, alcançando, em 1998, cerca de 20 casos de aids por 100 mil habitantes (Boletim Epidemiológico - Aids e DST, 2003). Do total de casos de aids, mais de 80% estavam concentrados nas regiões Sudeste e Sul. O Sudeste, a região mais atingida desde o início da epidemia, apesar da alta taxa de incidência, é a única região que mostra uma tendência consistente, embora lenta, de declínio desde Para as demais regiões, temse observado aumento persistente das taxas de incidência de casos, principalmente na região Sul. Sur. El análisis de los grupos de nacimiento muestra un aumento relevante del uso de preservativos en la primera relación entre las personas que nacieron en el período y las que nacieron entre Además, el índice de comportamiento sexual de riesgo (ICSR), o sea, el promedio del número de parejas en el año anterior ponderada por la frecuencia del uso de preservativo, según el tipo de pareja, entre los conscriptos disminuyó del 0,98 en 1999 al 0,88 en el 2002, reducción que es mucho más evidente entre quienes hacen sexo con otros hombres y los usuarios de drogas inyectables (Encuesta entre los conscriptos del Ejército Brasileño, ). Aumenta la cobertura del test para el VIH en personas sexualmente activas Los datos de la PCAP-BR del 2004 muestran también que el 28% de la población sexualmente activa ya había hecho test para el VIH alguna vez en la vida, proporción que es un 21% mayor que la observada en 1998 (23%). La cobertura del test es mayor entre las mujeres sexualmente activas (35%) que entre los hombres (21,4%), principalmente debido al incentivo a la realización del test anti-vih durante el prenatal. Las diferencias entre los sexos son mantenidas al observarse la distribución por edad y escolaridad. Además, se observan diferencias regionales en esta cobertura, variando del 35% en la Región Sudeste al 15% en el Nordeste. Nuevos casos de SIDA tienen tendencia a disminuir en el Sudeste, pero presentan tendencia a aumentar en otras regiones En Brasil, desde la identificación del primer caso de SIDA, en 1980, hasta junio del 2004, después de un proceso de recuperación de atraso de notificación, ya fueron notificados cerca de 360 mil casos de individuos con señales, síntomas y/o resultados laboratoriales que indiquen deficiencia inmunológica provocada por el VIH. Las tasas de incidencia fueron crecientes hasta la mitad de la década de 90, llegando, en 1998, a cerca de 20 casos de SIDA cada 100 mil habitantes (Boletín Epidemiológico - SIDA y ETS, 2003). Del total de casos de SIDA, más del 80% estaban concentrados en las regiones Sudeste y Sur. El Sudeste, la región más afectada desde el comienzo de la epidemia, a pesar de la alta tasa de incidencia, es la única región que presenta una tendencia consistente, aunque lenta, de disminución desde En las demás regiones, se ha observado un aumento persistente de las tasas de incidencia de casos, principalmente en la Región Sur. 13

12 Taxa de incidência (por 100 mil hab.) de aids, segundo região de residência por ano de diagnóstico Brasil, * Tasa de incidencia (cada 100 mil hab.) de SIDA, por región de residencia, por año de diagnóstico Brasil, * NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUR CENTRO-OESTE BRASIL *Casos notificados no SINAN e registrados no SISCEL até 30/06/04 Fonte: MS/SVS/PN DST/AIDS *Casos notificados en el SINAN y registrados en el SISCEL hasta el 30/06/04 Fuente: Programa Brasileño de ETS/SIDA Aumenta o número de casos de aids entre mulheres e entre os menos escolarizados A aids no Brasil tem-se configurado como subepidemias tendo atingido, de forma bastante intensa, os UDI e os HSH e, no início da década de 80, os indivíduos que receberam transfusão de sangue e seus hemoderivados (hemácias, plasma, plaquetas etc.). Mais recentemente, vem-se observando o aumento do número de casos de aids devido à transmissão heterossexual, principalmente entre as mulheres que, diferentemente dos homens, têm apresentado taxas de incidência crescentes. Utilizando-se a escolaridade como uma variável indicadora da condição socioeconômica do indivíduo, observa-se que a aids atingiu, inicialmente, os indivíduos com maior escolaridade, com posterior crescimento entre aqueles menos escolarizados. Entretanto, isto não ocorre de maneira homogênea, sendo bem mais evidente entre os casos que tiveram como categoria de exposição o uso de drogas injetáveis e, mais recentemente, na categoria de transmissão heterossexual. Aumenta el número de casos de SIDA entre mujeres y entre los menos escolarizados El SIDA en Brasil se ha configurado como subepidemias, habiendo afectado, de forma bastante intensa, a los usuarios de drogas inyectables (UDI) y a los hombres que hacen sexo con otros hombres (HSH) y, al comienzo de la década de 80, los individuos que recibieron transfusión de sangre y sus hemoderivados (hemacias, plasma, plaquetas, etc). Más recientemente, se está observando el aumento del número de casos de SIDA debido a la transmisión heterosexual, principalmente entre las mujeres que, a diferencia de los hombres, han presentado tasas de incidencia crecientes. Utilizándose la escolaridad como una variable indicadora de la condición socioeconómica del individuo, se observa que el SIDA afectó, inicialmente, a los individuos con mayor escolaridad, con posterior crecimiento entre los menos escolarizados. Sin embargo, esto no ocurre de manera homogénea, siendo mucho más evidente entre los casos que tuvieron como categoría de exposición el uso de drogas inyectables y, más recientemente, en la categoría de transmisión heterosexual. 14

13 Cai mortalidade por aids O país acumulou cerca de 160 mil óbitos por aids até dezembro de Até 1995, a curva de mortalidade acompanhava a de incidência de aids, quando atingiu a taxa de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes. Após a introdução da política de acesso universal do tratamento anti-retroviral, combinando drogas de diferentes formas de ação (TARV), observou-se importante queda na mortalidade, até a estabilização em cerca de 6,3 óbitos por 100 mil a partir do ano 2000, embora essa tendência tenha sido bem mais evidente na região Sudeste e entre os homens. Além disso, entre 1993 e 2003, observou-se um aumento de cerca de cinco anos na idade mediana dos óbitos por aids, em ambos os sexos, reflexo de um aumento na sobrevida dos pacientes. Disminuye la mortalidad provocada por el SIDA El país acumuló cerca de 160 mil defunciones por SIDA hasta diciembre del Hasta 1995, la curva de mortalidad acompañaba la de incidencia de SIDA, cuando llegó a una tasa de 9,7 defunciones cada 100 mil habitantes. Después de la introducción de la política de acceso universal del tratamiento antirretroviral, combinando drogas de diferentes formas de acción (HAART), se observó una importante disminución de la mortalidad, hasta la estabilización en cerca de 6,3 defunciones cada 100 mil habitantes, a partir del año 2000, aunque esta tendencia haya sido mucho más evidente en la Región Sudeste y entre los hombres. Además, entre 1993 y 2003, se observó un aumento de cerca de cinco años de la edad promedio de las defunciones por SIDA, en ambos sexos, reflejo de un aumento de la sobrevida de los pacientes. Taxa de mortalidade (por 100 mil hab.) por aids, segundo região de residência por ano do óbito Brasil, Tasa de mortalidad (por 100 mil hab.) por SIDA, por región de residencia, por año de la defunción Brasil, NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUR CENTRO-OESTE BRASIL Fonte: MS/SVS/DASIS/SIM Fuente: MS/SVS/DASIS/SIM 15

14 DIAGNÓSTICO, ASSISTÊNCIA E TRATAMENTO Diagnóstico, Asistencia y Tratamiento Saúde prioriza atenção às pessoas com HIV e aids A política nacional promoveu melhoria da qualidade de vida, queda da mortalidade e economia para os cofres públicos A consolidação da política de atenção às Pessoas que Vivem com HIV e Aids (PVHA), no Brasil, tem mostrado excelentes resultados. Entre 1996 e 2002, houve redução de 50% da mortalidade, no período de 1996 a 2004 foram evitadas internações; queda da morbidade em 70%; redução das internações hospitalares em 80%. O impacto foi sentido também no orçamento. No mesmo período, foi gerada uma economia de US$ 2,3 bilhões em diárias hospitalares e tratamento de infecções oportunistas. Estruturada a partir do início da década de 90, a política de acesso universal à terapia anti-retroviral fundamentou-se na Constituição Brasileira, que estabelece a saúde como direito de todos e dever do Estado. Em 1996, foi editada a Lei nº 9.313/96 garantindo a distribuição gratuita dos medicamentos anti-retrovirais no âmbito do SUS. Desde então, tem sido ampliado o acesso gratuito ao diagnóstico do HIV e, conseqüentemente, ao tratamento da aids. Estima-se que existam no Brasil, aproximadamente, 600 mil PVHA e cerca de 163 mil já fazem uso dos anti-retrovirais (ARV). Estima-se, ainda, a inclusão de mais 7 (sete mil) pessoas em 2005, com projeção de 170 mil pessoas, em terapia com ARV, até o final do ano. As normas e recomendações para uso de anti-retrovirais são definidas por comitês assessores, constituídos por especialistas em tratamento de adultos e adolescentes; gestantes e crianças infectados pelo HIV. A inclusão de novas moléculas é avaliada por esses comitês e a dispensação dos medicamentos na rede do SUS é condicionada ao seguimento dos protocolos estabelecidos nos consensos terapêuticos. Atualmente, 17 medicamentos em 36 apresentações fazem parte dos consensos terapêuticos. O governo gasta 80% do seu orçamento Salud prioriza atención a las personas que viven con VIH y SIDA La política nacional promovió mejoría de la calidad de vida, disminución de la mortalidad y economía para el erario público La consolidación de la política de atención a las Personas que Viven con VIH y SIDA (PVHA), en Brasil, ha presentado excelentes resultados. Entre 1996 y 2002, hubo una reducción del 50% de la mortalidad. En el período de 1996 a 2004 fueron evitadas internaciones; se registró una disminución de la morbidad en un 70%; reducción de las internaciones hospitalarias en un 80%. El impacto fue sentido también en el presupuesto. En el mismo período, fue generada una economía de US$ 2,3 mil millones en diarias hospitalarias y tratamiento de infecciones oportunistas. Estructurada a partir del inicio de la década de 90, la política de acceso universal a la terapia antirretroviral se basó en la constitución Brasileña, que define que la salud es un derecho de todos y un deber del Estado. En 1996, fue editada la Ley nº 9.313/96 garantizando la distribución gratuita de los medicamentos antirretrovirales en el ámbito del Sistema Único de Salud (SUS). Desde entonces, ha sido ampliado el acceso gratuito al diagnóstico del VIH y, consecuentemente, al tratamiento del SIDA. Se considera que existan en Brasil aproximadamente, 600 mil PVHA y cerca de 163 mil ya hacen uso de los antirretrovirales (ARV). Se considera, también, la inclusión de otras 17 mil personas en el 2005, con una proyección de 170 mil personas en terapia con ARV antes del final del año. 16

15 Número de Parceiros HIV+ em uso de ARV no Sistema Único de Saúde. Brasil, jan/1997 a dez/2005* Número de Pacientes VIH/SIDA en uso de ARV en el Sistema de Salud Pública. Proyección Fonte: PN-DST/AIDS/SVS/MS * Dados preliminares Fuente: MS/SVS/DASIS/SIM * Datos preliminares para a aquisição dos ARV produzidos pela indústria multinacional e 20% na aquisição dos medicamentos produzidos no Brasil (8). O total de gastos em 2004 foi de US$ 258,7 milhões. Para 2005, prevêse um gasto de aproximadamente US$ 416 milhões. Considerando-se o alto custo desse tipo de terapia e a introdução gradual de novos ARV no consenso terapêutico, houve necessidade de organização de um sistema de controle logístico, assim como de melhoria na qualidade da dispensação. Foram organizadas Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM), nos ambulatórios especializados, Serviço de Assistência Especializada (SAE) e Hospitais- Dia (HD). Essas unidades são responsáveis pelo estoque e distribuição dos medicamentos. Atualmente, 621 já foram implantadas e em 252 UDM já existe o Sistema Informatizado de Controle Logístico (SICLOM), cobrindo 70% do total de pacientes em uso dos ARV. O Siclom permite ao Ministério da Saúde monitorar as necessidades locais de abastecimento e avaliar tendências de consumo. Las normas y recomendaciones para el uso de antirretrovirales son definidas por comités asesores, constituidos por especialistas en tratamiento de adultos y adolescentes; embarazadas y niños infectados por el VIH. La inclusión de nuevas moléculas es evaluada por estos comités y la entrega de los medicamentos en la red del SUS es condicionada a la observancia de los protocolos establecidos en los consensos terapéuticos. Actualmente, 17 medicamentos con 36 presentaciones forman parte de los consensos terapéuticos. El gobierno gasta el 80% de su presupuesto para la adquisición de los ARV producidos por la industria multinacional y el 20% en la adquisición de los medicamentos producidos en Brasil (8). El total de gastos en el 2004 fue de US$ 258,7 millones. Para el 2005, está previsto un gasto de aproximadamente US$ 416 millones. Considerándose el alto costo de este tipo de terapia y la introducción gradual de nuevos ARV en el consenso terapéutico, se registró la necesidad de organización de un sistema de control logístico, así como de la mejoría de la calidad de la dispensación. Fueron organizadas Unidades Dispensadoras de Medicamentos 17

16 Relação de anti-retrovirais disponibilizados pelo Ministério da Saúde, segundo ano de introdução Relación de antirretrovirales disponibilizados por el Ministerio de Salud, por año de introducción Zidovudina 100mg Zidovudina Solução Oral Didanosina 25mg Zalcitabina 0,75mg Indinavir 400mg Ritonavir Solução Oral Didanosina 100mg Zidovudina Lamivudina Didanosina Pó Solução Injetável Solução Oral Lamivudina 150mg Estavudina 30mg Zodvudina 300mg + Lamivudina 150m Saquinavir 200mg Estavudina 40mg Nelfinavir 250mg Ritonavir 100mg Nelfinavir Pó Nevirapina 200mg Estavudina Pó Delavirdina 100mg Efavirenz 200mg Efavirenz 50mg Amprenavir 150mg Lopinavir/ritonavir Tenofovir 300mg Atazanavir 150mg Enfuvirtida Cápsulas Efavirenz 100mg Amprenavir Lopinavir/ritonavir Efavirenz 600mg (3) Atazanavir 200mg Didanosina Solução Oral Solução Oral Entérica 250mg Nevirapina Abacavir 300mg Saquinavir 200mg (2) Suspensão Oral Abacavir Solução Oral Efavirenz Solução Oral (1) Notas: (1) Efavirenz solução oral introduzido em substituição às apresentações cápsula de 50mg e 100mg. (1) Efavirenz solución oral introducida en substitución de las presentaciones en cápsula de 50mg y 100mg. (2) Saquinavir cápsula gelatinosa mole de 200mg introduzido em substituição à apresentação cápsula gelatinosa dura. (2) Saquinavir cápsula gelatinosa blanda de 200mg introducida en substitución de la presentación cápsula gelatinosa dura. (3) Efavirenz comprimido de 600mg, introduzido em substituição à apresentação cápsula de 200mg. (3) Efavirenz comprimido de 600mg, introducido en substitución de la presentación cápsula de 200mg. Fonte: PN-DST/AIDS/SVS/MS Fuente: MS/SVS/DASIS/SIM A estruturação do Sistema de Saúde A rede assistencial para PVHA é parte da estrutura do SUS brasileiro. O SUS está estabelecido em todo o território nacional, sendo um sistema hierarquizado, regionalizado e descentralizado, com atribuições definidas entre os gestores federal, estaduais e municipais. Cabe ao governo federal a definição das políticas nacionais e o financiamento de grande parte das atividades assistenciais executadas por estados e municípios e, no caso específico da aids, a aquisição de medicamentos anti-retrovirais. O Ministério da Saúde, como gestor federal, estabeleceu as bases para a implantação da rede assistencial para as PVHA no SUS. Fazem parte da estrutura de atendimento: SAE, para acompanhamento ambulatorial; HD, para terapia endovenosa sem necessidade de (UDM) en las policlínicas especializadas, Servicio de Asistencia Especializada (SAE) y Hospitales-Día (HD). Estas unidades son responsables del stock y distribución de los medicamentos. Actualmente, 609 unidades ya fueron implantadas y en 160 UDM ya existe el Sistema Informatizado de Control Logístico (SICLOM), cubriendo el 70% del total de pacientes en uso de los ARV. El Siclom permite que el Ministerio de Salud proceda al monitoreo de las necesidades locales de abastecimiento y evalúe tendencias de consumo. La estructuración del Sistema de Salud La red asistencial para PVHA forma parte de la estructura del Sistema Único de Salud (SUS) brasileño. El SUS está establecido en todo el territorio nacional, siendo un sistema jerarquizado, 18

17 Acesso ao tratamento: 951 serviços para PVHA no Brasil Acceso al tratamiento: 951 servicios para PVHA en Brasil ALTERNATIVAS DE SERVIÇOS EM HIV/AIDS Hospitais credenciados: 397 Hospitais-dia: 79 Assistência domiciliar: 58 Serviços Ambulatoriais: 422 ALTERNATIVAS DE SERVICIOS EN VIH/SIDA Hospitales acreditados: 397 Hospitales-día: 79 Asistencia domiciliaria: 58 Servicios Ambulatoriales: 422 internação; leitos para internação em hospitais credenciados e Assistência Domiciliar Terapêutica (ADT), para pessoas com dificuldades de locomoção. O atendimento é realizado por equipes multidisciplinares com o objetivo de oferecer atenção integral à saúde, dentro de um sistema de referência e contra-referência. As modalidades HD e ADT contribuíram para redução da demanda por internação hospitalar, diminuindo a ocupação de leitos hospitalares, contribuindo para a melhora da qualidade de vida das PVHA e para redução de gastos para o SUS. Uma das metas e ainda um grande desafio do Programa Brasileiro é a ampliação do escopo de atuação das equipes de atenção básica no acompanhamento de PVHA. Educação continuada para profissionais de saúde é uma das estratégias que vem sendo priorizada, com cursos e atualizações nas áreas de Manejo Clínico Básico e Avançado, Consenso Nacional TARV, Genotipagem e Adesão. Cuidados paliativos No contexto da política do Programa Brasileiro de DST e Aids da assistência exercida por equipe multidisciplinar e do princípio do SUS da integralidade, tem-se investido em treinamentos de profissionais de serviços públicos de saúde em cuidados paliativos, numa concepção centrada na resolução da dor e na referência e contra-referência entre profissionais de diferentes categorias. regionalizado y descentralizado, con atribuciones definidas entre los gestores federal, estaduales y municipales. Cabe al gobierno federal la definición de las políticas nacionales y el financiamiento de gran parte de las actividades asistenciales ejecutadas por estados y municipios y, en el caso específico del SIDA, la adquisición de medicamentos antirretrovirales. El Ministerio de Salud, como gestor federal, estableció las bases para la implantación de la red asistencial para las PVHA en el SUS. Forman parte de la estructura de atención: Servicio de Asistencia Especializada (SAE), para seguimiento ambulatorial; Hospital-Día (HD) para terapia endovenosa sin necesidad de internación; camas para internación en hospitales acreditados y Asistencia Domiciliaria Terapéutica (ADT), para personas con dificultades de locomoción. La atención es realizada por equipos multidisciplinarios con el objetivo de ofrecer atención integral a la salud, dentro de un sistema de referencia y contrarreferencia. Las modalidades HD y ADT contribuyeron a la reducción de la demanda de internación hospitalaria, diminuyendo la ocupación de camas hospitalarias, contribuyendo a la mejora de la calidad de vida de las PVHA y a la reducción de gastos para el SUS. Una de las metas que continúa siendo un gran desafío del Programa Brasileño es la ampliación del alcance de actuación de los equipos de atención básica en el seguimiento de PVHA. Educación continuada para profesionales de salud es una de las estrategias que están siendo priorizadas, con cursos y actualizaciones en las áreas de Manejo Clínico Básico y Avanzado, Consenso Nacional en Tratamiento con antirretrovirales (TARV), Genotipaje y Adhesión. 19

18 O primeiro Centro de Referência em Cuidados Paliativos para portadores do HIV foi implantado pelo Ministério da Saúde, em 2001, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), em São Paulo. A equipe multidisciplinar em cuidados paliativos do hospital é composta por médicos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicólogas, enfermeiras, capelão católico e capelã evangélica. Essa equipe, em parceria com o Programa Brasileiro de DST e Aids, tem sido responsável por esses treinamentos, nos quais a abordagem central não é a cura, mas o controle de sintomas de doenças e melhora da qualidade de vida. Rede de Assistência à Lipodistrofia A terapia anti-retroviral permitiu não somente melhorar a qualidade de vida das PVHA, especialmente através da redução das infecções oportunistas, reconstituição imunológica, redução da viremia e prolongamento da sobrevida. Entretanto, apesar dos ganhos havidos, foram observadas algumas reações associadas à utilização de TARV, principalmente relacionadas a sintomas gastrointestinais, neurológicos, hematológicos e, mais recentemente, lipodistrofia ou síndrome lipodistrófica. As alterações corporais observadas na síndrome lipodistrófica estão claramente ligadas à redistribuição da gordura corporal, devido à perda da gordura periférica e ao acúmulo de gordura central. A síndrome lipodistrófica compreende: 1. Lipoatrofia periférica (membros superiores, inferiores, nádegas e face) e/ou; 2. Acúmulo de gordura central (abdome, mamas, região dorsocervical) e/ou; 3. Alterações do metabolismo lipídico e/ou glicídico. Embora seja freqüentemente atribuída ao uso de antiretrovirais, essa síndrome pode ocorrer independente do uso desses medicamentos. O tratamento da lipodistrofia exige trabalho interdisciplinar com atuação de vários profissionais. Exercícios físicos aeróbicos e de resistência, com peso, constituem-se em importante coadjuvante no tratamento, auxiliando na recuperação das alterações corporais e distúrbios metabólicos causados pela lipodistrofia. Como parte da estratégia para melhoria da qualidade de vida das PVHA, está em processo de implantação uma rede para realização dos procedimentos corretivos da lipodistrofia, como preenchimento facial, lipoaspiração de Jiba, mamas e abdômen e prótese glútea. Nesse campo, renova-se o desafio da década passada quando da Cuidados paliativos En el contexto de la política del Programa Brasileño de ETS y SIDA de la asistencia ejercida por equipo multidisciplinario y del principio del SUS de la integralidad, se ha invertido en entrenamientos de profesionales de servicios públicos de salud en cuidados paliativos, en una concepción centrada en la resolución del dolor y en la referencia y contrarreferencia entre profesionales de diferentes categorías. El primer Centro de Referencia en Cuidados Paliativos para portadores del VIH fue implantado por el Ministerio de Salud, en el 2001, en el Instituto de Infectología Emílio Ribas (IIER) en São Paulo. El equipo multidisciplinario en cuidados paliativos del hospital está integrado por médicos, asistentes sociales, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionales, nutricionistas, psicólogas, enfermeras, capellán católico y capellana evangélica. Este equipo, en asociación mancomunada con el Programa Brasileño de ETS y SIDA, ha sido responsable de estos entrenamientos, en los cuales el abordaje central no es la cura, sino el control de síntomas de enfermedades y la mejoría de la calidad de vida. Red de Asistencia a la Lipodistrofía La terapia antirretroviral permitió no solamente mejorar la calidad de vida de las PVHA, especialmente a través de la reducción de las infecciones oportunistas, reconstitución inmunológica, reducción de la viremia y prolongación de la sobrevida. Sin embargo, a pesar de las conquistas realizadas, fueron observadas algunas reacciones asociadas con la utilización de TARV, principalmente relacionadas a síntomas gastrointestinales, neurológicos, hematológicos y, más recientemente, lipodistrofía o síndrome lipodistrófica. Las alteraciones corporales observadas en el síndrome lipodistrófico están claramente conectadas a la redistribución de la grasa corporal, debido a la pérdida de la grasa periférica y a la acumulación de grasa central. El síndrome lipodistrófico comprende: 1. Lipoatrofia periférica (miembros superiores, inferiores, nalgas y rostro) y/o; 2. Acumulación de grasa central (abdomen, mamas, región dorso-cervical) y/o; 3. Alteraciones del metabolismo lipídico y/o glicídico. A pesar de que sea frecuentemente atribuida al uso de antirretrovirales, este síndrome puede ocurrir independientemente del uso de dichos medicamentos. El tratamiento de la lipodistrofía exige trabajo interdisciplinario con actuación de varios profesionales. 20

19 incorporação da TARV, Rede de Serviços e Laboratório de traduzir para utilização de um sistema de saúde público e gratuito, o acelerado avanço científico e tecnológico de nosso tempo, elevando, assim, a expectativa e qualidade de vida da população afetada pela aids. Ações Para Redução da Transmissão Vertical do HIV O aumento de casos no sexo feminino (feminilização da epidemia) assume maior importância a cada ano. Se em 1986, apenas 5% dos casos de aids notificados eram do sexo feminino, nos últimos anos, a sua participação eleva-se para cerca de 40%. As mulheres, na faixa etária de 25 a 39 anos, têm sido as mais atingidas e apresentam maior risco de se infectarem, aumentando a possibilidade de transmissão vertical (da mãe para o filho) do HIV. Estima-se que a prevalência da infecção pelo HIV em parturientes seja de 0,41% ( gestantes HIV+/ano) e, em 2002, a taxa de transmissão vertical no Brasil foi de 3,7%. Considerando-se que a transmissão vertical do HIV ocorre, em média, em 25% dos filhos de mães infectadas, quando nenhuma intervenção é realizada, esse dado reflete o êxito das ações para redução da transmissão vertical do HIV no País. Porém, ainda são observadas diferenças regionais importantes e atualmente tem-se trabalhado a eqüidade, também nesse aspecto. Ejercicios físicos aeróbicos y de resistencia, con pesas, constituyen un importante coadyuvante en el tratamiento, auxiliando en la recuperación de las alteraciones corporales y disturbios metabólicos causados por la lipodistrofía. Como parte de la estrategia para la mejoría de la calidad de vida de las PVHA, está en proceso de implantación una red para realización de los procedimientos correctivos de la lipodistrofía, tales como Relleno Facial, Lipoaspiración de Jiba, Mamas y Abdomen y Prótesis Glútea. En este campo, se renueva el desafío de la década pasada cuando sucedió la incorporación de la TARV, Red de Servicios y Laboratorios de traducir para la utilización de un sistema de salud público y gratuito, el acelerado avance científico y tecnológico de nuestro tiempo, elevando, así, la expectativa y calidad de vida de la población afectada por el SIDA. Acciones Para Reducción de la Transmisión Vertical del VIH El aumento de casos en el sexo femenino (feminización de la epidemia) asume mayor importancia cada año. Si en 1986, apenas el 5% de los casos de SIDA notificados eran del sexo femenino, en los últimos años, su participación llega a cerca del 30%. Las mujeres, en la franja de edades de 25 a 39 años, han sido las más afectadas y presentan mayor riesgo de infectarse, aumentando la posibilidad de transmisión materno-infantil del VIH. Número de gestantes HIV+ que utilizam AZT injetável Brasil, 1997 a abr/2005 Número de embarazadas VIH+ que utilizan AZT inyectable Brasil, 1997 a abr/

20 Com a integração do Programa Brasileiro de DST e Aids, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Coordenação de Alimentação e Nutrição e Atenção Básica, o Brasil vem encarando esse desafio, ampliando o diagnóstico da infecção pelo HIV em gestantes, utilizando, inclusive, teste rápido, quando há indicação; fornecendo anti-retrovirais às gestantes, o AZT injetável às parturientes portadoras de HIV, e o AZT em solução oral às crianças expostas ao HIV, entre outras ações, conforme recomendação do Consenso Brasileiro Recomendações para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Anti-Retroviral em Gestantes. Todos os insumos necessários para o controle da doença materna e prevenção da transmissão vertical do HIV, inclusive a fórmula infantil para os bebês expostos até os seis meses de vida, são disponibilizados com recursos da União. Resumindo, a Política Brasileira para prevenção da transmissão vertical do HIV e controle da doença materna, preconiza: Oferecimento de teste anti-hiv para todas as gestantes durante o pré-natal e serviços de planejamento familiar; Acesso integral, para todas as mulheres portadoras do HIV, à terapia anti-retroviral (segundo as recomendações do Consenso Brasileiro); Uso de teste rápido no final da gestação ou durante o trabalho de parto (para todas as gestantes e parturientes nãotestadas anteriormente e/ou com maior vulnerabilidade para a infecção); Administração do AZT intravenoso para todas as parturientes infectadas pelo HIV; Parto por cirurgia cesariana eletiva para todas as mulheres com indicação (segundo as recomendações do Consenso Brasileiro); Administração de AZT em solução oral para todos os recémnascidos expostos ao HIV; Aconselhamento das mães portadoras do HIV, para o nãoaleitamento materno (eliminação do risco de transmissão por essa via); Orientação das mães quanto à alimentação das crianças expostas ao HIV com fórmula infantil, desde o nascimento, ou com leite humano pasteurizado, fornecido por Banco de Leite Humano, quando a criança necessitar desse recurso (prematuros e/ou baixo peso); Contra-indicação do aleitamento cruzado (alimentação da criança por outra mulher); Acompanhamento da mãe e da criança em SAE, até definição de seu diagnóstico; Se considera que la prevalencia de la infección por el VIH en parturientas sea del 0,47% ( embarazadas VIH+/año) y, en el 2002, la tasa de transmisión vertical en Brasil fue del 3,7%. Considerándose que la transmisión vertical del VIH ocurre en promedio en el 25% de los hijos de madres infectadas, cuando ninguna intervención es realizada, este dato refleja el éxito de las acciones para la reducción de la transmisión vertical del VIH en el País. Sin embargo, todavía son observadas diferencias regionales importantes y actualmente se está trabajando el tema de la equidad, también en este aspecto. Con la integración del Programa Brasileño de ETS y SIDA, Salud de la Mujer, Salud del Niño, Coordinación de Alimentación y Nutrición y Atención Básica, Brasil está encarando este desafío, ampliando el diagnóstico de la infección por el VIH en embarazadas, utilizando, inclusive, tests rápidos, cuando hay indicación; suministrando antirretrovirales a las embarazadas, y AZT inyectable a las parturientas portadoras de VIH, y el AZT en solución oral a los niños expuestos al VIH, entre otras acciones, de acuerdo con la recomendación del Consenso Brasileño Recomendaciones para Profilaxis de la Transmisión Vertical del VIH y terapia Antirretoviral en embarazadas. Todos los insumos necesarios para el control de la enfermedad materna y la prevención de la transmisión vertical del VIH, inclusive la fórmula láctea infantil para los bebés expuestos antes de los seis meses de vida, son disponibilizados con recursos exclusivos de la Unión. Resumiendo, la Política Brasileña para la prevención de la transmisión vertical del VIH y control de la enfermedad materna, propone: Oferta de tests anti-vih a todas las embarazadas durante el prenatal y servicios de planificación familiar; Acceso integral, para todas las mujeres portadoras del VIH, a la terapia antirretroviral (de acuerdo con las recomendaciones del Consenso Brasileño); Uso de tests rápidos al final de la gestación o durante el trabajo de parto (para todas las embarazadas y parturientas no testadas anteriormente y/o con mayor vulnerabilidad para la infección); Administración del AZT intravenoso para todas las parturientas infectadas por el VIH; Parto por cirugía cesárea electiva para todas las mujeres con indicación (según las recomendaciones del Consenso Brasileño); Administración de AZT en solución oral para todos los recién nacidos expuestos al VIH; Aconsejamiento psicológico de las madres portadoras del VIH, para que no procedan a amamantar (eliminación del riesgo de transmisión por esta vía); 22